Meus sais

2 ago • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Meus sais

Diziam as cortesãs do tempo dos Luízes, os reis franceses, quando recebiam uma notícia impactante. Era mais o que chamamos de me engana que eu gosto. Eram chamados de sais de cheiro usados para acordar pessoas desmaiadas. Desmaiava-se muito, então, a julgar pela literatura disponível. Fosse hoje, acho que o desmaio das senhorinhas delicadinhas com DNA de florzinha-não-me-toques seria eterno.

TENDÊNCIAS E HISTÓRIAS

Há um bom programa no canal francês da TV5 (178 na Sky), um dos vários, chamado Tendence XXI, que a cada edição conta a história de um produto ou de uma moda desde que apareceram. O perfume todos sabem, não se tomava muito banho na época. Mas antes, logo que descemos das árvores, as mulheres gostavam de se perfumar para agradar os homens.

SOVACO ESTRANGEIRO

Tudo isso para dizer que não se desmaia mais como antigamente, mas nos perfumamos barbaridade mesmo tomando banho. Dizem que em países europeus o banho é raro, especialmente quando faz um frio daqueles. E mesmo que não faça, me contam cheiradores de sovacos franceses. Eu hein? De odores desagradáveis basta o Brasil. Não preciso de sovaco estrangeiro para acordar.

IMAGINE

Imagine, como John Lennon, que as moçoilas, cortesãs e mulheres de vida airada da corte francesa nos anos 1770 e 1800 pedissem os sais ao ler, por exemplo, a Constituição brasileira de 1988, aquela que só prevê direitos e nada de deveres.

O BRASIL QUE FUNCIONA

Me passa algum?

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Sabem por que todos estão rindo? Durante a cerimônia da assinatura das linhas de crédito do BRDE para aquisição de máquinas e equipamentos rodoviários para 15 municípios gaúchos, o governador Eduardo Leite fez uma blague quando o prefeito de São Jerônimo, Evandro Agiz Heberle, passou o jamegão. Ele foi contemplado com mais de R$ 6,5 milhões de um total de quase R$ 48,5 milhões. Leite perguntou a Heberle se ele não podia emprestar esse valor para o Estado.

JUST IN CAUSE…

…se sou o prefeito e o governador pede esse dinheiro para mim, diria que emprestaria, mas a juros mensais de 10%. Ele certamente diria que isso seria agiotagem. Eu retrucaria dizendo que os bancos cobram até 100% ao mês.

PANE GERAL

Quando falo nos nossos fiascos não podemos esquecer os de fora. Esses aviões grandalhões têm se multiplicado mais que chuchu em cerca. Alguns modelos mais antigos do A380 mostraram fissura nas asas. Nada grave por enquanto, mas eis que surgiu outro pepino. Se todos os sistemas do modeloA350 não forem reiniciados após 149 horas de funcionamento, há riscos de Bug nos computadores de bordo. E eu que pensei que isso só acontecia na minha máquina.

ÁLCOOL NO CHIP

Quando o Proálcool foi instituído no Brasil, o programa passou a veicular campanha publicitário com o apelo “Carro a álcool, você ainda vai ter um”. Depois dessa do Airbus e levando em conta que estamos todos conectados, deveria haver uma campanha institucional com o apelo “Bug, você ainda vai ter um na sua máquina”.

PILANTRAGEM

Troquei e-mails com uma colega que trabalhou no JC e hoje trabalha em Brasília. A folhas tantas, perguntei como era trabalhar na terra dos pilantras. Sem estresse, ela respondeu, os pilantras só ficam na Capital federal de terça a quinta.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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