Meu querido diário

21 maio • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Meu querido diário

Foram tantas emoções inexistentes… Não aconteceu quase nada de novo desde o final de semana até ontem, um dia que não deveria existir salvo para receber dinheiro. Bem, para dizer a verdade, uma novidade inesperada deu as caras ontem. O dólar subiu até R$ 4,12 e começou a cair depois que o Capitão disse para empresários que não existe crise entre os poderes, só fofoca.

A frase sábia

Eu esperava outra frase sábia, como aquela de dizer que o país é ingovernável fora dos conchavos, mas dizer que, na Corte, tem fofoca, cá para nós, presidente, essa é mais velha que aquela do papagaio e a freira. Porque verdade é. Minha convicção é que assim como a mentira, a hipocrisia, a fofoca faz parte dos pilares da Civilização. Sem ela, tudo ruiria, começando pelos casamentos.

A mentira escrachada

Vou dar um exemplo que está nos contracheques todo mês. Quando alguém diz que ganha R$ 10 mil por mês está mentindo ou quem o paga incorre na mendácia. Tirando o ieneesseesse e o Leão, sobram R$ 6 mil e pouco, não é verdade? Quando alguém compra um quilo de frango no supermercado vai ver que pesa pouco mais de 900 gramas.  Depois da panela, pelo menos uns 200 gramas a menos. O frango é uma ave com água.

Vox Populi

A voz do povo, mas não do povo tal como é denominado pelas oposições e situações em geral, o povo abonado e aquele que ganha merreca, ou merreca e meia, anda falando muito em impeachment do Capitão. Sem querer tirar azeitona da empada de ninguém, pergunto qual seria o motivo de tão radical medida? Por ser amigo do Olavo de Carvalho, porque bateu continência para um subalterno?

Estranho país

A tese dessa tchurma que bebe cafezinho de 10 reais é que assim assume o vice Hamilton Mourão. Tão simples como se fosse trocar açúcar por adoçante no café de 10 pilas. Qualquer coisa e lá das ruas vem o berro Impeachment já, acompanhado por Lula Livre ou antecipações do gênero.

Senhores do engenho

Então, é preciso que se diga a verdade: nem somos uma democracia e nem o capitalismo chegou ao Brasil. O mais perto que chegamos foi ao democratismo, e o capitalismo ainda em estágio probatório. Vivemos de meada do governo e de suas instituições. Nem mesmo partidos livres temos, pois todos são escravos das respectivas camarilhas dirigentes.

Escravos do preconceito

Li num jornal local que um “idoso de 60 anos” fez um malfeito qualquer. Mas o que é isso? Aos 60, quem não vestiu pijama e tocou o barco sem deitar ferros está no auge da atividade intelectual. É no que dá dar um teclado para dente-de-leite.

A diluição da diluição

Sertanejo funk, mas que Frankenstein sonoro é esse? Eu explico? É funk com zero de sertanejo. É como colocar uma gota de roça numa bombona de 30 litros de mau gosto urbano.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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