Menos, menos

8 jan • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Menos, menos

Dá para compreender que a invasão e mortes no Capitólio com a ativa colaboração e torcida do presidente Donald Trump tenha causado receios que a mais poderosa democracia do mundo foi abalada, mas daí a dizer que ela correu riscos vai uma distância enorme. Os EUA já passaram por ameaças muito maiores, a começar pela grande depressão causada pelo crack da bolsa, e que durou 10 anos.

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O desemprego era enorme agravado por uma série de eventos climatológicos que devastaram o Meio Oeste, tempestades de areia e secas que impediam plantar qualquer coisa. Na época, a Revolução Bolchevique de 1917 que criou a União Soviética. O comunismo era uma utopia que seduzia parte da população e a maior parte da intelectualidade, situação que se repetiu nos anos 1950.

A democracia norte-americana resistiu ao assassinato de presidentes, a renúncia de Richard Nixon e a outras situações. Enfim, rachar aço inoxidável não é bem assim. O governo sempre enfrentou milícias ultranacionalistas, a vários atentados cometidos por eles. Não será com essa besteira que Trump fez que haverá abalo na estrutura constitucional do Tio Sam. Tanto que as bolsas subiram forte no dia seguinte. Elas têm antenas muito sensíveis.

A IRA DE TRUMP

Como bom bilionário mimado que é, Trump  não gosta de perder. É como o guri dono da bola que se vai embora com ela porque não é mais o capitão do time.

O FÍGADO

Ao longo da minha carreira, tenho repetido que o fígado nunca foi bom conselheiro, e que escrever com tinta de bile nunca dá certo. Trump foi o inimigo da imprensa por quatro anos, e com essa deu razão aos seus críticos.

EX-ATLETA

Um amigo já falecido, o publicitário Jorge Salim Allem, tinha uma boa frase para situações como essa: quem não joga vai para a arquibancada e bate palmas.

A IMPRENSA

A mídia norte-americana (e a mundial, incluindo a nossa) teve no presidente Donald Trump o inimigo ideal, mesmo que tenha melhorado a economia, reduzido o desemprego a níveis históricos e não tenha feito nenhuma guerra no seu mandato, guerras que os Democratas gostam de começar. Vide a do Vietnam.

O CASÓRIO

Agora vem o de sempre. Lua de mel com Joe Biden por um tempo, depois as primeiras briguinhas, vão ficar de mal por algum tempo. Se Biden der errado, jamais pagará esse mico. Terá sido culpa dos outros. Não existe casamento sem fissuras.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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