Meninos, eu gravei

28 jan • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Meninos, eu gravei

Bem, na realidade, quem gravou a cena foi a secretária-executiva da Fundação Fernando Albrecht, Fabíola Albrecht – esse meu…me mata. A gata em questão, alcunhada de Petit Gateau, apronta como qualquer outro felino doméstico, só que em grau superlativo. As imagens dispensam maiores explicações.

Fernando

Tua coluna tocou-me hoje por duas razões: primeiro, aquela elegia genial para o Segundo Molar; depois, a foto da esquina da Francisco Trein com a Assis Brasil, que trouxe-me muitas lembranças.

Talvez pelo clima funéreo do texto sobre o molar, lembrei-me que arrisquei a vida algumas vezes naquela esquina. Guri morador da Vila Floresta no final da década de 70, várias vezes fui parar no meio da Assis Brasil, tirando fininho dos Alvoradões lotados ou de algum Sogil como os da foto. O caso é que, usando algum skate emprestado, descia a lomba do Hospital Cristo Redentor, que se localiza no canto superior esquerdo da foto. Em alta velocidade naqueles skates antigos, com um terço do tamanho dos de hoje, volta e meia perdia o controle e não conseguia dobrar a esquina para chegar até a frente da Churrascaria Santa Teresa, cuja placa aparece na foto, indo parar, geralmente com um tombo, no leito da avenida.

Outro jeito de enfrentar a morte naquele local era o insensato hábito juvenil, já mais taludinho, de abandonar a boa mesa materna para comer um “X tudo” em um trailer que ficava mais ou menos no centro superior da foto, ao lado do prédio que destacas no texto. O tal “X tudo”, com carne, bacon, ovo e outros complementos, acompanhando de uma lata de cerveja Caracu (na época só existiam latas de Caracu e Skol, do mesmo fabricante) era efetivamente um risco de vida, que só não causava vítimas fatais pela juventude dos estômagos dos comensais. 

Mas sobrevivi e aqui estou hoje para apreciar o trabalho do amigo e, para não deixar de lado o hábito de editor, vai uma pequena correção: o Bourbon Wallig fica no lado direito da foto, onde era um enorme terreno pertencente a uma fábrica de fogões.

Um grande abração e muito obrigado pelas lembranças de um tempo de juventude.”

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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