Linha de chegada

19 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Linha de chegada

Quem chega primeiro, a segunda onda em todo seu esplendor ou a vacina? Eis a questão. É inquestionável que a curva das novas infecções está subindo em quase todo o Brasil. Talvez seja cedo, mas a dúvida maior é se a taxa de letalidade será como nos primeiros meses da pandemia, com 5% até 7/ 8% em algumas cidades.

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Até sexta-feira passada, a média nacional era de 2,8%. Há 40 dias foi de 3,%. Ao fim e ao cabo, o que se quer saber é se a segunda vai matar mais ou menos.

O CASE SUECO

A Suécia não obrigou o uso de máscaras, manteve permissão de bares e restaurantes abertos. Hoje, o governo acha que abriu demais, porque teve até 10 vezes mais casos que países vizinhos. Mas morreu bem menos gente. A velha história. Vírus tem que circular para enfraquecer.

LONGE DEMAIS

Esse negócio – literalmente – de telemedicina está indo longe demais. A Associação de Medicina de São Paulo alerta que redes de varejo oferecem telemedicina grátis para seus clientes, bem como seguro e desconto em laboratórios.

Você se deixaria operar por um médico formado por telemedicina?

CHATICES ELEITORAIS

Desde que começaram os debates eleitorais, nos anos 1980, as emissoras foram empilhando regras e mais regras, coisa bem nossa. Resultou em chatices apartadas ou respondidas. Debate com mais de três candidatos não é debate, é exame de Enem.

ESCADINHAS

Uma das regras mais absurdas é um candidato fazer pergunta para outro, de forma aleatória, por sorteio. Ora, trata-se de um despautério. O perguntado depois vira perguntador. É uma coisa meio Escravos de Jó. Se o perguntado é amigo e vai precisar dele mais adiante faz escadinha; se for o oposto, faz pergunta de muy amigo.

AS RODINHAS DA CADEIRA

Se não fosse essa maldição do politicamente correto, debate deveria ser como nos anos 1980. O mediador da Globo, Ferreira Netto, o melhor deles, ficava sentado em uma cadeira de rodinhas com os candidatos em meia lua. A regra era simples: ele levantava uma questão e deixava cada um se virar nos 30.

Isso feito, dava marcha-a-ré na cadeira até ficar em segundo plano. Só engrenava a primeira se as coisas escapassem do controle ou precisassem de uma lufada de perguntas. Era divertido, e um debate de verdade.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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