Intimidades explicadas

20 dez • A Vida como ela foiNenhum comentário em Intimidades explicadas

Fui a um desses eventos chiques por adesão, mesmo que a festa seja dos outros, a conta quem paga é você. Tempos modernos, diria Charles Chaplin acariciando sua bengala, personagem essencial na sua carreira que lhe valeu algumas centenas de milhões de dólares. Bem, a festa era supimpa, comes & bebes de primeira, mas eu segurei meu barco. Como na música de Paulinho da Viola, fiz como o velho marinheiro, que, em meio ao nevoeiro, toca o barco devagar. Afinal, quem nasceu para ser piroga não deve se meter a transatlântico. Mesmo assim, cisquei alguns quitutes aqui e acolá.

Cofiei meu cavanhaque inexistente e refleti sobre a fragilidade das contas correntes, especialmente a minha. O garçom passou o tempo todo me chamando de “meu querido”, sem que eu tivesse lhe dado essa intimidade. Mas vá, lá faz parte. No final, quando pedi a conta, entendi por que ele me chamava assim.

A festa foi no meu.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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