Impicha, não impicha…

19 ago • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Impicha, não impicha…

Pode ser que o impeachment do prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Jr. vá ser decidido no tapetão. Se o Tribunal de Contas do Estado decidir que é para a Justiça comum, pode  levar meses. Se for processo interno da Câmara de Vereadores, muda de figura. Mas…

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Há um ditado antigo que diz que, de barriga de mulher e sentença de juiz não se sabe o que sai. De mulher já não vale, porque surgiu a ecografia. Do juiz continua, mas poderia entrar o processo de impeachment. Posto como está, acredito que sim. Mas sempre reservo um bom porcentual para o imponderável. Digamos uns 25% a 30%.

DURA LEX SED LEX

A Câmara foi obrigada a abrir o processo. Além de ter partido de uma ação popular, a questão que impele o processo, gastos com publicidade, tem que ser investigados sob pena de a colenda prevaricar. Além disso, esse gasto deveria ser aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, o que não aconteceu. Por isso o TCE não aprovou o gasto. Mais uma razão.

O REI NÃO ESTÁ NU

Marchezan cometeu muitos erros, muitos mesmos, inclusive erros de temperamento. Mas não acredito que seja corrupto nem de longe. Ocorre que sua assessoria também tem culpa. São quase sempre corresponsáveis por ter induzido o chefe a erros por ignorância ou puxassaquismo. Político brasileiro detesta assessores que digam a verdade. De outro lado, o chefe não pode ser autoritário. Não se confunda autoridade com autoritarismo.

O JORNAL DA VERDADE

Há anos sustento uma tese que faria qualquer prefeito saber de tudo que se passa no seu reino. Reunir os trocentos jornalistas de todas as pastas com uma missão: sair pela cidade para registrar tudo que está errado, e então – no final da tarde – editar um jornal com matérias e até com manchete dos erros ou falhas encontradas.

MUNDO CRUEL

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O leitor e amigo Guilherme Socias  Vilella enviou esta raridade para mostrar como eram tratados os estupradores em 1933. O gancho é essa barbaridade do estupro de uma menina de 10 anos. Grávida, ela acompanha sua família que faz uma via crucis por todo o Brasil para achar um Estado onde seja permitido o aborto.

Os grupos pró e contra o aborto já se digladiam, mas primeiro os médicos deveriam esclarecer se uma criança de 10 anos pode gerar um bebê sem correr risco de morte. É a mais cruel escolha de Sofia que pode existir.

Não é escolha de Sofia a punição de outro caso acontecido no Sul, um pai de 19 anos que torturou e matou o filho de 1 ano e 8 meses usando um porrete. Que tipo de ressocialização pode se esperar de um um demônio desses?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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