Humanidade porca

2 nov • Usos & CostumesNenhum comentário em Humanidade porca

Escalar o monte Everest (8.848 metros de altura), no Nepal, costuma estar associado a histórias de superação e adrenalina, mas um problema: não há banheiros nos 37 quilômetros que separam a base do acampamento do topo da montanha – uma travessia que dura de 6 a 8 semanas.

Problema sanitário

O fato poderia ser apenas uma anedota constrangedora, mas se transformou um problema ambiental, informa a Folha Press. Com o aumento dos alpinistas no local nas últimas décadas (mais de 4 mil pessoas subiram a montanha desde 1953, data da primeira expedição bem-sucedida), também cresceu a quantidade de fezes deixadas pelo caminho. Esses dejetos não se decompõem na neve.

Multar resolve?

Desde 2014, o governo do Nepal passou a obrigar os alpinistas a voltar à base com oito quilos de fezes, instaurando uma multa de US$ 4 mil para quem descumprir a regra. Os dejetos trazidos pelos alpinistas até a base do acampamento são levados por uma equipe de cerca de 30 carregadores até a cidade de Gorakshep, a uma hora de distância do monte, para depositá-los em fossos. Apenas neste ano, os carregadores recolheram 12 toneladas de dejetos.

Conclusão

Tudo que o homem bota as mãos ou os pés estraga. Quando não derruba, suja.

Jornal do Comércio

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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