Horário eleitoral pago

7 nov • Caso do DiaNenhum comentário em Horário eleitoral pago

 Afora debates e, mesmo assim, os derradeiros e capitais, a audiência do horário eleitoral gratuito é pequena, certo? Sim e não. De fato, é baixa sim, mas alguns candidatos se sobressaem e chegam lá graças à aparição na TV. É um aspecto interessante que se repete a cada eleição. O candidato ganha corpo pela retransmissão do seu recado por boca a boca (no passado mais) e pelas redes sociais.

 É um corolário da observação de um político mineiro sábio, José Maria Alckmin, que, já nos anos 1960, dizia que não era o fato que se espalhava, mas a versão do fato. Isso nós vemos diariamente quando se trata de meias-verdades que são deturpadas e levadas ao eleitor até de forma negativa e distorcidas.

 No caso do horário eleitoral, há outras variáveis, especialmente dos que sabem fazer limonada do limão. O exemplo supremo foi o candidato a presidente Enéas. Mas foi uma sacada de gênio, não correspondente à sua excelência política.

 Quanto a ser horário eleitoral gratuito cabe a pergunta: gratuito para quem, cara-pálida? Por que até hoje as redes de TV e rádio não reclamaram dessa invasão em horário nobre? Simples. As emissoras cobram tabela cheia do que eventualmente teriam que negociar caso fossem anunciantes particulares. Quer dizer, quem paga somos nós.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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