Havaí

1 jun • ArtigosNenhum comentário em Havaí

Praia de turismo no Havaí

Voltando ao Havaí, afinal somos bicampeões, confesso que lá me sentia muito à vontade, primeiro por caminhar de dia e à noite sem precisar olhar para trás, e segundo porque o Barefoot Beach Café serve comida, bem perto do apartamento que alugamos em frente ao Kapiolani Park. No almoço, comi ali um frango grelhado sobre uma camada de arroz com molho de abacaxi.

Há mesas de madeira ao ar livre, diante de uma praia tranquila, boa para nadar e distante do trecho mais agitado de Waikiki. Ali, o som ambiente é o canto dos pássaros e o marulhar das ondas. Felizmente, sem as rechonchudas bailarinas com seus ukeleles.

Caminhar na sombra das palmeiras, olhando os banhistas na água e as famílias sentadas no cais de pedra ou estendidas em redes, produz uma sensação profunda de relaxamento. O lugar tem música ao vivo gratuita na noite de sábado e no brunch aos domingos, que sempre evitei com medo que os famigerados conjuntos de ukelele surgissem.

Outra boa opção lá são os food trucks em frente ao zoológico. Há sucos e sanduíches e, todos os dias, ofertas especiais: um smoothie acompanhado de panini (bacon, ovos e cheddar ou salmão defumado, cream cheese e vegetais) no café da manhã, US$ 8. Também vendem comida para piquenique na praia – um programão, aliás.

Na postagem anterior perguntei: por que a boa comida tem que ser servida só em restaurantes caros? Alguém sabe? Até hoje nenhuma resposta.

É claro que gostamos de bom serviço, valetes para estacionar, ar condicionado, bons tapetes e projeto de bons arquitetos. E sabemos que tudo isto é caro. Sabemos também que a energia elétrica vai subir mais 30% este ano! E estas coisas ela cumpre. As promessas pré-eleitorais não é mais com ela. Portanto, espere 60%, como não há eleições este ano…Mas falemos em comida, e não em ambientes.

Os ingredientes da comida bem feita são os mesmos da mal feita. O talento de um chef pode brilhar, tanto num restô estrelado ou num fogão com forno e uma frigideira.

Os food trucks surgiram de chefes e garçons que perderam os seus empregos na crise de alguns anos atrás, mas não perderam o seu talento. Muitos foram para a livre iniciativa e, hoje, são donos do seu restaurante móvel. Se ele é bom cozinheiro, fará boa comida. Não estou falando em hidrogênio, aparelhos moleculares, fogões com injeções a vapor etc etc. Estas foram algumas criações do ‘’El Buli’’, na Espanha, que deve ter sido ótimo, mas…já era. Ficou, no entanto, a sua criatividade para ser registrada.

P.S: Uma curiosidade, Buli era o nome do cachorro do dono.

Flávio Del Mese

Flávio Del Mese nasceu em Caxias, mas tem quase certeza que sua cegonha passou a baixa altura e foi abatida. Isso frequentemente acontece com quem voa por lá, sejam sabiás, tucanos, corujas ou bentevis, mas não tem queixas. Foi bem recebido tanto na infância quanto na juventude, assim como em Porto Alegre, onde chegou uns 15 anos depois, já sem cegonha e a cidade o embala com carinho até hoje. E ele sabe do que fala, pois conhece 80% dos países do globo. Na Europa só não esteve na Albânia, da América só não conhece a Venezuela (prevendo quem sabe, que do jeito que vamos, em breve seremos uma Venezuela). Na Ásia, não passou pela Coréia do Norte e pelo Butão, mas à China foi 6 vezes e também 6 vezes esteve na Índia, sendo que uma delas deu a volta no país de trem, num vagão indiano, onde o até hoje, seu amigo Ashley, tinha uma licença para engatar o seu vagão atrás das composições cujos trilhos tivessem a mesma bitola. Sua incrível trajetória de vida é marcada por uma sucessão de acasos que fizeram do antigo piloto da equipe oficial VEMAG (vencedor de 5 edições de Doze Horas), em um dos fotógrafos mais internacionais do Brasil. Tem um acervo de 100 mil fotos- boa parte delas mostradas nos 49 audiovisuais de países que produziu e mostrou no Studio durante 20 anos e que são a principal vitrine do seu trabalho (inclusive o da volta na Índia de trem). Hoje dedica-se a redação e atualização dos Blogs Viajando por viajar e Puxadinho do Del Mese com postagens sete dias por semana.
Extraído de reportagem:
Ademar Vargas de Freitas
Clóvis Ott
Juarez Fonseca
Marco Ribeiro

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