Eu e os gnomos
Os gnomos vivem me aprontando. Agora entraram em uma nova fase. Não tem nada de Lei de Murphy, não, são os gnomos. Não faz muito desencadearam a operação de esconder justo coisas que preciso na hora – as meias que, agorinha mesmo, tirei da gaveta e não acho mais, a margarina que eles conseguiram ocultar DENTRO da geladeira e, não contentes com isso, sumiram (comeram, claro!) o único cacetinho que tinha guardado para fazer um sanduíche farroupilha. E se tivesse, sumiriam com o queijo e o presunto.
Logo agora que a presidente da Fundação Fernando Albrecht está viajando. Suas excelências malvadas foram além. Fui a quatro farmácias e não achei a Colgate específica que queria; ando à cata de camiseta térmica mas ninguém a tem, esgotou, disse a balconista (Ué! Posso jurar que ontem ainda tinha uma!).
Agora eles passaram a desamarrar o cordão dos meus sapatos. Eu saio de manhã e faço o check list e, justo quando piso numa poça d’água, os sacripantas desamarram. Cheguei a dar um nó cego mas os pilantrinhas conseguem desatá-lo.
Eu sei o que você está pensando, que eu devo ir em uma benzedeira. Já fui a 20. E metade delas tinha se mudado quando fui no endereço que me indicaram.
O livro, Fernando, o livro!