Eu, árvore
Tudo que é ou foi vivo tem DNA, três letrinhas que significam ácido desoxirribonucleico. Os chimpanzés tem 98% do nosso, e olha a diferença que fazem esses 2%. Vegetais também têm, o que explica porque em laranjeira não nasce melancia. Seria um bacanal daqueles, hein? Mas não estou aqui para discutir sexo das frutas. Analisando a humanidade como ela é, decidi que quero ser árvore.
EU, FIGUEIRA
As guerras e os reality shows da TV americana com dondocas ricas mais rodadas que pneu de táxi, e com mais plásticas que a Braskem inteira, levaram-me a esta decisão. Mas não quero ser uma árvore qualquer. Deus me livre de virar moirão de cerca. Quero ser figueira nativa, que dá sombra para animais e homens, o que já é um bom caminho para alcançar o céu das árvores.
IDOSA, MAS NOS TRINQUES
Além disso, a nossa figueira é protegida. Nem é assaltada. Quanto mais velha ela é, mais cuidam e a admiram, ao contrário dos humanos depósitos de idosos, que dizem ser a melhor idade. Aliás, quem criou a expressão deveria ser deportado para Burkina Faso, na África, em região que tem ebola.
ADEUS TÍTULO DE ELEITOR
Ser árvore é maravilhoso. Não paga imposto de renda, não precisa CPF, não paga IPVA e nem tem que atender telemarketing. Melhor, árvore não vota. Quem pariu Mateus que o embale.
MINISTÉRIO DAS RESPOSTAS CRETINAS
Por que os galinheiro têm duas portas? Porque se não tivessem, seria um sedã.
BOA NOITE CINDERELO
E teve aquele caso do final dos anos 1990, do sujeito que queria levar a nega veia ao êxtase no dia que completariam 20 anos de casados. Para garantir garrão em pé, comprou Viagra de um camelô na rua Vigário José Inácio, também conhecida como Rua Paraguai.
No dia seguinte, pegou o camelô e o encheu de porrada. Ele tinha colocado Dormonid na cartela do remédio levantador de peso. Dormonid faz o sujeito dormir em 20 minutos e age por oito horas.
VOU-ME
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
E o candidato que escolherei (Desculpa, Manuel Bandeira)