Estações de ski ou montanhas

9 mar • ArtigosNenhum comentário em Estações de ski ou montanhas

Às 8 horas da manhã, o sol já começa a iluminar e secar as ruas molhadas pelo orvalho ou neve da noite, tornando o frio não apenas suportável como convidativo a um bom café da manhã. Daqueles que você não deve contar ao seu cardiologista. É claro que, quando ele vai lá, também peca como nós…mas eles podem, dizem que fazem dieta, o exercício e academia etc, e nós… só pagamos a consulta.
O hábito do breakfast fora de casa vai de moradores a turistas, de esquiadores a trabalhadores que se revezam tirando a neve das calçadas ou reúnem-se no balcão, onde os pratos à base de ovo, presunto e queijos dominam. Vale pedir também os bolinhos açucarados que ficam tentadoramente expostos, uma versão gourmetizada dos nossos bolinhos de chuva, mas com recheios ótimos.
Olhar para fora e ver tudo branco e cheio de gente colorida nos convida a mais uma gordurinha e os queijos à mostra no buffet são irresistíveis e ninguém pesa ou toma nota. Na hora de pagar perguntam: o que você comeu? Você nem lembra, mico total. Para um marinheiro de primeira viagem, é até constrangedor ficar rememorando, mas eles entendem o nosso desconforto. A solução é pagar pelo buffet livre.
Saiba a escolha do restô? O mais lotado é claro, a mesma técnica que era usada nas estradas do RS quando viajávamos pela Vemag (que nunca foi marca de automóvel), uma agência sugeriu para promover uma empresa chamada Veículos e Máquinas Agrícolas, os donos gostaram e deu no que deu. A fábrica sempre foi DKW, uma das quatro argolas que viria a ser a Auto Union junto com o Horch, DKW e Wanderer. Bem, uma vez em situação parecida, mas em Veneza, escolhemos o restô e 15 minutos depois de feito o pedido, o tour líder levantou e chamou o grupo: ficamos só nós dois! Não foi bom e aliás, devia ser o pior.

Flávio Del Mese

Flávio Del Mese nasceu em Caxias, mas tem quase certeza que sua cegonha passou a baixa altura e foi abatida. Isso frequentemente acontece com quem voa por lá, sejam sabiás, tucanos, corujas ou bentevis, mas não tem queixas. Foi bem recebido tanto na infância quanto na juventude, assim como em Porto Alegre, onde chegou uns 15 anos depois, já sem cegonha e a cidade o embala com carinho até hoje. E ele sabe do que fala, pois conhece 80% dos países do globo. Na Europa só não esteve na Albânia, da América só não conhece a Venezuela (prevendo quem sabe, que do jeito que vamos, em breve seremos uma Venezuela). Na Ásia, não passou pela Coréia do Norte e pelo Butão, mas à China foi 6 vezes e também 6 vezes esteve na Índia, sendo que uma delas deu a volta no país de trem, num vagão indiano, onde o até hoje, seu amigo Ashley, tinha uma licença para engatar o seu vagão atrás das composições cujos trilhos tivessem a mesma bitola. Sua incrível trajetória de vida é marcada por uma sucessão de acasos que fizeram do antigo piloto da equipe oficial VEMAG (vencedor de 5 edições de Doze Horas), em um dos fotógrafos mais internacionais do Brasil. Tem um acervo de 100 mil fotos- boa parte delas mostradas nos 49 audiovisuais de países que produziu e mostrou no Studio durante 20 anos e que são a principal vitrine do seu trabalho (inclusive o da volta na Índia de trem). Hoje dedica-se a redação e atualização dos Blogs Viajando por viajar e Puxadinho do Del Mese com postagens sete dias por semana.
Extraído de reportagem:
Ademar Vargas de Freitas
Clóvis Ott
Juarez Fonseca
Marco Ribeiro

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »