Esse pode mesmo
Otelmo Drebes é presidente da rede de varejo Lojas Lebes. O cara decididamente é do ramo. Hoje ele abre mais uma loja, desta vez na esquina da Farrapos com a Sertório, em Porto Alegre. A frase é dirigida ao cliente, mas serve como uma luva para Drebes. Ele tem um faro todo especial para descobrir brechas de mercado.
O OLHO DO DONO
Vou dar um exemplo. No terceiro andar da nova filial, ficará a Faculdade QI & Escola Técnica. Na conversa, Drebes contou que uma das mais caras iniciativas da rede é ir atrás de quem tem alguma queixa quanto ao atendimento. Uma equipe cuida disso, quando não ele próprio. A carteira de clientes chega a 230 mil e a rede fatura 1 bilhão de reais/ano. Nada mal para quem começou há exatos 63 anos na cidade de São Jerônimo.
PORTO PELADO
É gancho para uma antiga convicção minha. Porto Alegre se acha o umbigo do Rio Grande do Sul, mas quem toca o barco é o Interior. É o Interior que tem dinheiro.
CIDADE DO UM
Porto Alegre já foi uma cidade rica, mas, devido a características bem nossas, eu a chamava de Cidade do Um em décadas anteriores. Só tinha uma grande churrascaria, uma galeteria de ponta e até mesmo um cabaré de renome nacional. Como disse o olheiro do A Vida de hoje, assim não dá.
CURIOSIDADE
A avaliação do Governo Bolsonaro melhorou em todos os quesitos e a desaprovação caiu, segundo pesquisa da XP. E olha que a pesquisa não deve ter captado a repercussão da MP que instituiu o 13º salário do Bolsa Família. Quero ver como os jornalões analisarão essa reviravolta.
NINGUÉM PASSA
A morte de Lázaro Brandão, pupilo predileto do fundador do Bradesco, Amador Aguiar, que sucedeu o mestre com brilho, faz lembrar uma história acontecida nos anos 1970. Amador, como todo bilionário, tinha suas esquisitices, como não usar meias e detestar a cor marrom. E também tinha ojeriza aos barbudos e cabeludos. Dizia que nenhum cabelo passaria pelo portal da Cidade de Deus. Até que um dia…
…surgiu um grande problema. O computador do Bradesco estragou e o engenheiro que chamaram fora do quadro funcional para dar um jeito no mainframe tinha uma vasta cabeleira. Era a época dos hippies. E agora? Não, teria dito o presidente, ele não passa pelo portal de jeito nenhum. Para resumir o causo como o causo foi, mesmo cabeludo o cara entrou na Cidade de Deus. De helicóptero.
PERDAS A LAMENTAR
Como previsto e sem auxílio de bola de cristal, o fim da obrigatoriedade da publicidade legal está fazendo vítimas em todos os cantos, especialmente nos jornais do interior dos estados. Ontem, veio outra má notícia, o Grupo NSC confirmou a extinção das edições diárias, de segunda a quinta-feira, dos jornais impressos Diário Catarinense (DC), A Notícia (AN) e Jornal de Santa Catarina (Santa).
A partir do dia 26 de outubro, eles passam a ter edição impressa apenas aos finais de semana. A produção diária de conteúdo desses veículos passa a ser direcionada para o portal NSC Total. Já o Hora de Santa Catarina se torna exclusivamente online. Confira no link http://portalmakingof.com.br/
O BRASIL QUE DÁ CERTO
TÁ NA MESA I
O presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho, foi um dos painelistas da tradicional reunião-almoço Tá na Mesa, promovida pela Federasul. O evento, que ocorreu nesta quarta-feira (16), em Porto Alegre, também reuniu os dirigentes das instituições financeiras Sicredi, Badesul, BRDE e Agibank. O tema apresentado pelos executivos foi A Transformação dos Bancos.
Cláudio Coutinho destacou o processo avançado de modernização do Banco, revelando que 900 mil clientes da instituição já são usuárias do aplicativo Banrisul Digital. “Atualmente, 53% das operações do Banco são realizadas por meio de canais digitais”, salientou. No primeiro semestre deste ano, os canais de Internet Banking do Banrisul (Home e Office Banking) e Mobile Banking (Minha Conta, Afinidade e Office acessados por meio do app Banrisul Digital) tiveram 123,9 milhões de acessos – 34,4% superior ao mesmo período de 2018, o que equivale a uma média de 688,8 mil acessos diários.
O presidente do Banrisul prevê, ainda, agências sem caixa em um futuro próximo. Segundo o executivo, o objetivo é transformar agências não mais em pontos transacionais – para sacar dinheiro e pagar contas – mas em pontos de negócio. “Consideramos nossas agências como ativos do Banco, e a nossa visão é de que fechar agências não seria o caminho correto para seguir competitivo, mas sim transformá-las em pontos negociais”, destacou.
TÁ NA MESA II
Outro palestrante no mesmo evento foi Luiz Corrêa Noronha, vice-presidente do BRDE. Uma intervenção sua chamou a atenção dos presentes. “Quando percebem a crise, os bancos puxam o freio de mão. As instituições de fomento ao desenvolvimento como o BRDE, ao contrário, têm que acelerar”, disse Luiz Corrêa Noronha, vice-presidente do BRDE, na reunião-almoço da Federasul.
Esse é o papel anticíclico dos bancos de fomento. Em 2014, a participação do BRDE nos repasses do BNDES na Região Sul representavam, em média, 8%. Esse percentual quase dobrou durante a crise, alcançando 14% em média
REFORMA TRIBUTÁRIA
O Rio Grande do Sul foi a Brasília por uma reforma tributária justa. Literalmente. Comitiva de lideranças políticas, empresariais e de classe gaúchas entregaram a “Carta de Esteio” ao Presidente do Senado e ao Ministro Chefe da Casa Civil nessa quarta-feira. O documento contém proposições que, ao entender dos gaúchos, serão responsáveis pelo desenvolvimento e geração de emprego em todo o país. Endossam a Carta de Esteio o Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Sescon-RS, Sistema Ocergs, Fenacon, Farsul, Fiergs, Fecomércio-RS, Federasul, Frente Parlamentar da Agropecuária, Confederação Nacional dos Municípios, entre outras instituições.