O maior espetáculo da terra
Crítico de cinema paulista Alexandre Matias escreveu no UOL que o filme Batman vs Superman “é o cúmulo do lixo filmado”. De minha parte, vejo essas superproduções atuais como – óbvio – o esgotamento de roteiros criativos e sem arquétipos. Não tendo mais que inventar, produzem remakes de filmes antigos, resultado que geralmente é uma bosta quando o filme anterior era bom, e bosta ao quadrado quando o anterior não eram bom.
Cá pra nós, piorar uma coisa que já é ruim exige talento e um bocado de poalha de milho em vez de miolos na cabeça. Mas assim caminha a humanidade, cujos dez mandamentos poderiam ter mais um “não farás cocô artístico”, geralmente inspirados do advogado do diabo, porque da terra nascem os homens, uma máquina mortífera capaz de gerar guerra nas estrelas a 20 mil léguas submarinas e relatos selvagens capazes de gerar a hora do espanto. Enfim, deu a louca no mundo e, com tudo isso, sou até capaz de uma viagem ao centro da terra como um corpo que cai para ver se acho o poderoso chefão.
Na real, me sinto como um ET, o extraterrestre, e nós todos estamos perdidos no espaço desejando uma volta ao futuro – nossos sonhos o vento levou –, estranhos no ninho com tendência à psicose. Mas eu sou duro de matar apesar destes jogos vorazes. Mas afasta de mim esse cálice sagrado, porque mesmo brincando com a morte os bravos caem de pé.
Só não quero apocalipse now.