Enfim, sós

4 out • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Enfim, sós

O que sinto do Brasil de hoje é que o Brasil de hoje nada sente por mim. Ele finge que me escuta, mas quem tem ouvidos moucos não ouve. O governo Bolsonaro acerta em umas, erra em outras, mas fundamentalmente está condenado ao erro porque o Brasil não tem como dar certo enquanto for refém do (1) Congresso Nacional e (2) das corporações, entendidas como o funcionalismo público do andar de cima. E também o de baixo, pensando bem.

É tão cansativo saber disso há tantos anos, décadas até. E não tem como mudar, o que cansa mais ainda. Nós jornalistas/colunistas estamos pregando no deserto. É como um sonho ruim recorrente, só que é de verdade. Às veras, como dizíamos no jogo de bolita. O pior é que integrantes dessas mesmas corporações volta e meia dizem o Brasil é vítima das corporações, como se entes espaciais fossem. Ai meus sais, como diziam as madames da aristocracia francesa da Belle Époque quando recebiam notícia ruim.

Desculpem o desabafo. Foi uma recaída. Tomo a poção mágica chamada cafezinho e volto ao normal.

UMA EMPRESA CRITERIOSA

O que consola é uma pequena parte do Brasil que faz o dever de casa muito bem feito. Caso da CMPC, que completa 10 anos de presença no Brasil.  Além de manter 42% das florestas conservadas a par das plantações de eucalipto para obter celulose. São 136 mil hectares de vegetação nativa, alegra-se afirma Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC no Brasil.

Enquanto isso, ela toca o barco. Localizada em Pantano Grande (RS), uma área de 97 hectatres foi colhida e festejada pela empresa, pois é o primeiro cultivo feito sob responsabilidade da empresa no país, que coincide com a celebração de 10 anos de sua chegada no Brasil. Realizado em março de 2010, o plantio alcançou o ponto de corte com crescimento superior ao que normalmente é obtido – 53,94 m³/ha de IMA (Incremento Médio Anual), desempenho que valida o potencial da região e a excelência operacional da companhia.

ARCA DE NOÉ

gato gata gatos (161)Com aproximadamente de 146 milhões de animais de estimação, o mercado Pet brasileiro movimentou mais de R$ 20 bilhões em 2018, consolidando a segunda posição global no setor, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com estudo da Euromonitor Internacional. Em 2013, o IBGE contabilizou que 44% dos lares do País possuíam pelo menos um cachorro, mas esse número pode ser maior.

Em plena expansão, o segmento deve encerrar 2019 com um faturamento 11% superior ao do ano passado. O setor Vet (de saúde animal) tem experimentado crescimento ainda maior. Para atender a essa demanda, muitas empresas atuantes na área de saúde humana estão ingressando no segmento de saúde animal.

IMAGINE

Como na música de John Lennon.  Chegará o dia em que teremos mais pets que humanos. Se acontecer um novo dilúvio, Noé terá que botar as raças humanas na arca.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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