Eco do Eco
Em um dos livros de Umberto Eco há uma passagem que nunca esqueci. Posso ter esquecido o nome do livro, mas não dela. Dizia que deveríamos achar um cantinho no inferno e tentar passar desapercebido o máximo possível.
VAI E VOLTA
EM SE MADRUGANDO, DÁ
OITO OU OITENTA
O noticiário doméstico está tão tudo a mesma coisa que a crise política no Líbano, derivada da mortífera explosão, devido à má fiscalização de depósito com material perigoso, é capa e manchete. Não que seja de pouca importância, mas por ser a única novidade real em meses.
Ao longo das últimas décadas, a globalização da informação levou a um mantra nas redações: tudo sobre a China, nada sobre a esquina.
É que não tem mais repórter na esquina.
NA MARRA
Fenômeno não existe. E a consequência de um processo lógico não acompanhado ou detectado no início. Por exemplo: algumas lojas do Centro de Porto Alegre abriram ontem de manhã apesar da proibição. Não é fenômeno. E desespero lógico.
Quando a Guarda Municipal viu, foi em cima e obrigou a cerrar as portas. Nos bairros isso também aconteceu, com a diferença que não há número de fiscais suficientes para toda a cidade. Então a lógica é que casos assim vão se multiplicar se não afrouxarem a chincha.