Eco do Eco

11 ago • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Eco do Eco

Em um dos livros de Umberto Eco há uma passagem que nunca esqueci. Posso ter esquecido o nome do livro, mas não dela. Dizia que deveríamos achar um cantinho no inferno e tentar passar desapercebido o máximo possível.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw27hn_promocao.aspx?secao_id=3739&campo=25503&secao_principal=2922103%20%20&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=banrifast&utm_content=centro_600x90pxVAI E VOLTA

Economize televisor, não precisa ver novela. Basta acompanhar o que está se passando em Porto Alegre. Um dia abre comércio, alguém manda fechar, abre de novo, e assim vão uns e outros mudando de dia o que foi acertado de noite e vice-versa.

EM SE MADRUGANDO, DÁ

O Rio Grande do Sul é o único lugar do mundo onde se inaugurou um segundo expediente. Aliás, até um terceiro. Além de decretos, liminares e normativas de manhã, de tarde e de noite, as madrugadas também encontram laboriosos funcionários públicos e servidores graduados trabalhando a todo vapor.
www.canoas.rs.gov.br/coronavírus
Nunca se diga que aqui servidor público não trabalha, um falso estereótipo.

OITO OU OITENTA

O noticiário doméstico está tão tudo a mesma coisa que a crise política no Líbano, derivada da mortífera explosão, devido à má fiscalização de depósito com material perigoso, é capa e manchete. Não que seja de pouca importância, mas por ser a única novidade real em meses.

Ao longo das últimas décadas, a globalização da informação levou a um mantra nas redações: tudo sobre a China, nada sobre a esquina.

É que não tem mais repórter na esquina.

NA MARRA

Fenômeno não existe. E a consequência de um processo lógico não acompanhado ou detectado no início. Por exemplo: algumas lojas do Centro de Porto Alegre abriram ontem de manhã apesar da proibição. Não é fenômeno. E desespero lógico.

Quando a Guarda Municipal viu, foi em cima e obrigou a cerrar as portas. Nos bairros isso também aconteceu, com a diferença que não há número de fiscais suficientes para toda a cidade. Então a lógica é que casos assim vão se multiplicar se não afrouxarem a chincha.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »