E agora, José?

12 dez • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em E agora, José?

A Taxa Selic caiu para 4,5% ao ano. E agora onde os poupadores vão aplicar seu dinheiro? A inflação prevista para este ano deve beirar e até passar dos 40%. Um fundo de renda fixa nem paga isso por ano salvo aplicações de alto valor. Mesmo assim, empata e até perde porque há os impostos e taxa de administração, habilmente escamoteada pelos bancos. Então resta aplicação em renda variável, a bolsa em especial. O que explica a alta da Bovespa nas últimas semanas.

Mas é renda variável, certo?  Tudo que pode subir, forçosamente, algum dia cai. Não existe bolsa subindo sem parar.

PROFISSÕES MORTAIS

Com milhares de profissões diferentes registradas, não é difícil encontrar exemplos de trabalhos que são considerados estranhos para a maioria da população. Tem marido de aluguel, testador de caixa, segurança de coqueiros (!), enxugador de gelo e até limpador de óculos escuros. Um setor ainda pouco explorado é o funerário. No entanto, esse mercado vem crescendo e várias profissões surgem para auxiliar na hora de preparar o funeral e dar um velório digno aos falecidos, além de confortar a família.

CHORONAS DE ALUGUEL

No Nordeste, existiam as carpideiras, pagas para chorar e até rasgar roupas como desesperadas estivessem com a ida de um falecido desconhecido ir para o além. Na Grécia e Roma antigas, as carpideiras eram contratadas pelas famílias enlutadas.

TORCIDA PAGA

Parece estranho, mas não é. É apenas variação de um recurso amplamente utilizado pelos programas de auditório da televisão. Começou com claque, ainda nos anos 1960, que era mais discreto e mais para mostrar a quantidade de gente que prestigiava o programa. Depois, vieram as claques uniformizadas, inclusive usando roupas de cores diversas para complementar a decoração do estúdio. Vide o programa do Faustão. Se não sai um dimdim, pelo menos podem dizer “olha eu aqui, mamãe”.

DA CELULOSE AO MEL

cmpc

A CMPC realizou ontem uma coletiva para mostrar os números minuciosos da empresa de celulose, incluindo geração de empregos diretos e indiretos, impostos recolhidos em toda a economia circular, como define o presidente Maurício Harger (foto). Tudo é superlativo da planta de Guaíba. São números e dados que estão desdobrados na matéria de hoje no Jornal do Comércio. Basta dizer que, dos R$ 1,4 bilhão gastos com materiais e serviços, 99% são comprados no Brasil e 70% adquiridos no Rio Grande do Sul. Mas é nos detalhes que as grandes empresas se destacam.

 

Entre outras ações, Daniel Ramos, diretor de Comunicação e Relações Institucionais, conta que 120 apicultores podem ter apiários sem custo algum, mas devem doar 8% das 120 toneladas que as abelhas produzem para 23 APAEs selecionadas pela CMPM. Estas, por sua vez, revendem o excelente mel de eucalipto para consumidores, obtendo assim uma boa renda para sua manutenção. O que mostra que o mel também é economia circular.

TUDO TÃO ESTRANHO…

Ao escapar do ataque de algum predador refugiando-se numa caverna, nossos ancestrais podem ter exclamado uma frase recorrente que originalmente vem do Soneto do Corifeu, de Vinicius de Moraes, que começa com “São demais os perigos desta vida. Para quem tem paixão, principalmente”. Dezenas ou centenas de milhares de anos depois, nossos predadores atendem pelos produtos e serviços do tipo “compre agora, incomode-se depois”. Nossos ancestrais, pelo menos, tinham uma caverna para se refugiar. Nós não.

TERROR DOS TERRORISTAS

Quando mais sofisticado e caro o pastel é, mas sem graça. Chega a um ponto de sensaboria que ele passa a ser ruim de verdade. Alguns preferidos pela grã-finagem até poderiam ser usados como tortura para extrair confissões de terroristas: “Conta tudo ou vais ter que comer este pastel!” Seria fácil obter: “Nãããão, eu confesso!”

NO CAPRICHO

Atesto de público que existem dois bar-chopes de Porto Alegre que têm um croquete de primeira qualidade e gosto que merecia uma estrela no exigente Guia Michelin. Não são sobras, são especialmente preparadas para seguir a carreira de croque. Um é o da Caverna do Ratão, na Protásio Alves com Eça de Queiroz, onde você pode comprá-lo frito na hora ou cru para fritar em casa. O outro é o Alfredo, na esquina da Cristóvão Colombo com a Ramiro Barcelos.

DE POSSANTE PARA POSSANTE

Os comandantes das aeronaves que realizarem decolagens e pousos do Aeroporto Internacional Guglielmo Marconi, na cidade italiana de Bolonha, terão uma bela visão no momento de taxiar pela pista: um Lamborghini Huracán RWD. A matéria saiu na revista Autoesporte. Será o automóvel responsável por guiar os aviões em segurança durante o percurso até o terminal de desembarque ou até a pista de decolagem. O carro é um V10 com motor de 580 cavalos. É quase um avião.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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