Do bom e do melhor
A propósito da história de terça-feira sobre as sacadas de publicitários, leitor envia o caso da rede de varejo gaúcho Taqui, que é realmente um nome sonoro, curto como deve ser e sugestivo. Lembrança vai, lembrança vem, lembrei de um caso acontecido que meu querido amigo Ernani Behs contou em 1973.A
Anos antes, estavam ele e outro publicitário cujo nome me escapa – imperdoável! – bebericando em uma das poucas mesas de um armazém de secos, na esquina da rua Doutor Thimóteo com a Marquês do Herval, no Moinhos de Vento. Estes estabelecimentos seriam hoje os mercadinhos de bairro. Quando entabulavam conversa, entrou uma senhora. Fez o pedido.
– Eu queria dois quilos de arroz.
Avental mais ou menos branco, barriga encostada no balcão, o dono perguntou qual marca ou tipo de arroz ela queria.
– Qualquer um, desde que seja do bom – respondeu ela.
O publicitário amigo do Nani ficou alerta. Semanas depois, ele registrou e depois vendeu para um cliente a marca Dobom.
« O filho de Gunga Din Milan Kundera – Recolhido por Carlos Brickman »