Distrito Erótico da Cristóvão (I)
A primeira quadra (curta) da rua Cristóvão Colombo, que começa na rua Barros Cassal, chegou a ter quatro casas noturnas nos anos 1970. Quem vem no sentido bairro-centro, à direita se deparava com a primeira uisqueria de Porto Alegre, o George’s Bar, inaugurada na segunda metade dos anos 1960. Foi lá que tive um namoro platônico com o caríssimo Chivas Royal Salute, de tão caro que era. Vinha em uma fina caixa forrada de veludo preto.
Para se ter uma ideia, o litro desse whisky custa hoje mais de R$ 1 mil no Mercado Livre. Na época, com o dólar nas alturas, era bem mais. Arrisco R$ 5 mil em preço de hoje. Saboreei algumas doses em gentil oferecimento do Major Pedro Olímpio Pìres, lá do Alegrete. Até ele que tinha mais de 110 quadras de campo teve que esvaziar guaiaca e meia.
No mesmo lado esquerdo, pouco adiante, ficava o Carcará, do jogador de futebol Cará, do Cruzeiro F.C., e do seu amigo Serginho. O nome veio da música cantada por Maria Bethânia, que, por sua vez, foi assim batizada por causa de uma música com esse nome cantada por Nelson Gonçalves.
Pois o Carcará foi vendido para um bajeense chamado Waldemar, e então se transformou em casa noturna de fato. Do outro lado da rua, ficavam em sequência a Nega Teresa, o Isidoro e, mais para o posto de combustíveis na esquina com a Alberto Bins, quedava o Sans Chiqué.
Deles falarei amanhã.