Diário do isolamento

23 abr • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Diário do isolamento

DE AGORA em diante, la nave vai rumo à abertura dos portos. Ainda não dá para ancorar navios de cruzeiro, mas pequenas embarcações, e até as de porte médio, já estão entrando no canal. Luz do farol ainda vem e vai, e, ao que tudo indica, a autoridade portuária – o governo – já deu sinal de luz abrindo brecha na escuridão.

600x90 (1)IMAGINE um ET vendo o Rio Grande do Sul. Ele sabe que é um problema mundial e que, no Brasil, os casos não explodiram como o previsto do Centro Sul para baixo. Sim, tem São Paulo. Mas a população da Capital equivale ao Rio Grande do Sul inteiro. São Paul inteiro tem 45 mil casos. Na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, não chega a mil.

NOSSO extraterrestre de estimação fica abismado ao saber que, dos mais de 497 municípios gaúchos, apenas cem têm casos comprovados. Ou seja, menos de um quarto do total. Óbvio que há subnotificações, mas estas pessoas ou não tiveram sintomas ou os tiveram leves. Tipo coriza e dorzinha de garganta por alguns dias. Estão imunizados. Enfim, nosso rapaz do espaço sideral vai coçar a cabeça com essas disparidades.

ENQUANTO seu lobo não vem, o Capitão baixou a bola. Provisoriamente.

BOLSONARO nunca deveria ter brigado com o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia. Os Maia são osso  duro de roer. Veremos mais adiante se a quiprocó influenciará ou não o ritmo dos inevitáveis pedidos de impeachment. Então saberemos se Maia perdoa mas não esquece ou nem perdoa e nem esquece.

QUEM diria que ir ao supermercado seria uma baita diversão.

NO CENTRO Histórico de Porto Alegre ambulantes que não ambulam estão vendendo marmita tipo PF com carne a R$ 12,00. A cavalo dado não se olham os dentes, mas por enquanto eu passo.

AOS poucos, os gnus vão atravessando o rio dos crocodilos. Não tem como segurar a vontade de achar pastagens.

COMO aquela figura mais velha que promessa de político é devagar, devagarinho.  As ruas estão com fome de pessoas.

SE BAIXOU e até estão pagando para vender petróleo, se baixou o diesel, a gasolina, e o biodiesel, por que o gás de cozinha não baixa? Como o pobre e o desempregado vão cozinhar os alimentos que são doados?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »