Diário da peste

8 abr • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Diário da peste

EM PRIMEIRÍSSIMO lugar, devo dizer que municípios, estados e a União devem começar a pensar o que fazer após o coronavírus. Eu mesmo estou fazendo contagem regressiva para iniciar o Diário Pós-Peste. Garanto que não vai ser fácil sair dos escombros e recomeçar. É nestes casos que uma Nação se supera.

NEM preciso dizer que alguns povos fazem isso desde criancinha. Orientais, em geral, tem essa característica, e alguns países europeus também. Quando começou a II Guerra Mundial, os alemães trataram de deixar em lugar seguro todas as plantas de prédios e monumentos históricos e fotografá-los, porque sabiam que vinha chumbo grosso e deveriam reconstruí-los mais tarde.

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QUANDO estive em Berlim, antes da queda do muro, um diretor de um museu  me contou que, na maioria dos casos, fotografaram fachadas quase centímetro por centímetro. Nenhum detalhe  foi esquecido.

JÁ devolver o dinheiro perdido e o não-ganho por conta do tudo fechado, é outro departamento. Na maioria dos casos, nem no longo prazo. Se bem que o engenho humano faz milagres. Não fosse assim, estaríamos chorando até hoje o leite derramado a cada crise ou guerra terminada.

A HISTÓRIA nos mostra que, em tempos de guerra, surgem inventos notáveis, criados inicialmente para o esforço bélico e depois para uso civil. Vou dar um exemplo entre milhares: o bandeide. Foi criado por um piloto americano na Guerra do Pacífico, temeroso que fosse ferido e sem recurso médico, caso acontecesse a quilômetros de um hospital.

Consistia em gaze recheada de sulfa. Boa ideia, disse a Jonhson & Johnson.

MOMENTO Murphy: os esparadrapos se dividem em dois tipos. Os que não grudam e os que não saem.

macacoMOMENTO fofo: a vida continua no Gramadozoo, embora ele esteja fechado para visitação. Nasceu um bugio-preto cheio de saúde e fora do grupo de risco do coronavírus. E como todos os macacos, vai e vem de primeira classe pelo aplicativo Mamãe Leva. E de graça. A única coisa chata para filhotes quando ficam grandinhos é ter que procurar pulgas ou coisa que o valha nas costas dos mais velhos.

ASSIM que os macacos começarem a falar – e falarāo, porque eles descendem de humanos com defeito de fabricação – posso jurar que a primeira frase a ser proferida será esta: – Vai te catar!

WhatsApp Image 2020-04-07 at 18.40.37 (1)MOMENTO colaboração: a Delegacia Sindical em Porto Alegre, do  Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, doou ontem R$ 50 mil para o combate ao coronavírus. O valor foi repassado à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, que centraliza as doações de recursos financeiros para providenciar equipamentos médicos e material de proteção individual aos profissionais de saúde.

Silvana Bastos, do Departamento Financeiro da Santa Casa,  recebeu o cheque das mãos do presidente da DSPOA, Luís Augusto Carratte e Mesquita, e do diretor financeiro da Delegacia Sindical,  David Nunes.

PENSAMENTO DO DIAS

Como está não pode ficar.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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