Diário da confusão

20 mar • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Diário da confusão

Diga- me uma coisa, amável leitor. Ao acordar de manhã saíndo de um sono profundo ou superficial não acha que tudo não passou de um pesadelo, que coronavirus e apenas uma bobagem? Também tem a versão “me belisca!”.

O QUE SEI É QUE NÃO SEI

Há tanta informação vinda de tudo quanto é lado que é impossível diferenciar o que deve ser real. E quando uma destas chega, vai ver e a tradução e “Não sabemos”.

MEU QUERIDO DIÁRIO

Como escrevi ontem nas páginas da minha vida, fui trabalhar e senti olhares assassinos por parte de colegas, que me viam como um coronavirus de 1m79cm. Então tive uma conversa com a chefia.

Ele ponderou que era melhor eu escrever de casa, que equivale a um soldado fora do quartel, mesmo participando de uma batalha. Concordei, mas sob protesto.

Diário querido da minha vida, só você me entende e sabe como e difícil para um cabra como eu laborar fora da redação. Eu tenho 52 anos de linotipo, off set e agora computador, caspite! Não há vida profissional fora dela.

Acertamos uma saída honrosa: como de segunda em diante a redação vai funcionar a meia boca, eu posso ir lá de manhã sem correr o risco de ser linchado por ser velho. Idoso, no politicamente correto. Vai pro raio que os parta com essa condescendência, vampiros da dignidade alheia.

Meu diário diurno e noturno, ontem fiz algo digno da minha reputação. Saí de casa, fui para duas cafeterias que eu gosto, o Café do Porto, na Padre Chagas, e o Chocólatras, na Dinarte Ribeiro, para escrever em paz ao som de pão de queijo com expresso carioquinha.

Meninos e meninas, eu sou um espanto tecnológico: escrevo mais certo e mais rápido com um dedo só no celular do que em um note cujas teclas parecem estar sempre dormindo, tamanha a lerdeza.
Diário, meu bem, escrever sobre o coronavirus é um exercício de não sei ao molho de não sabemos com pitadas de chute envelopado de ciência.
Já escrevi várias vezes sobre um conceito, e como tal deve ser entendido: no futuro saberemos que os especialistas estavam errados.
 Eu já ia fechando o blog quando minha filha contou que o pavor e falta de noção são tão grandes que tem gente tomando vacinas de um tipo de corona que dá em cachorro.

 PENSAMENTO DO DIAS

Ai, que loucura!

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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