Diário da confusão
Diga- me uma coisa, amável leitor. Ao acordar de manhã saíndo de um sono profundo ou superficial não acha que tudo não passou de um pesadelo, que coronavirus e apenas uma bobagem? Também tem a versão “me belisca!”.
O QUE SEI É QUE NÃO SEI
MEU QUERIDO DIÁRIO
Como escrevi ontem nas páginas da minha vida, fui trabalhar e senti olhares assassinos por parte de colegas, que me viam como um coronavirus de 1m79cm. Então tive uma conversa com a chefia.
Ele ponderou que era melhor eu escrever de casa, que equivale a um soldado fora do quartel, mesmo participando de uma batalha. Concordei, mas sob protesto.
Diário querido da minha vida, só você me entende e sabe como e difícil para um cabra como eu laborar fora da redação. Eu tenho 52 anos de linotipo, off set e agora computador, caspite! Não há vida profissional fora dela.
Acertamos uma saída honrosa: como de segunda em diante a redação vai funcionar a meia boca, eu posso ir lá de manhã sem correr o risco de ser linchado por ser velho. Idoso, no politicamente correto. Vai pro raio que os parta com essa condescendência, vampiros da dignidade alheia.
Meu diário diurno e noturno, ontem fiz algo digno da minha reputação. Saí de casa, fui para duas cafeterias que eu gosto, o Café do Porto, na Padre Chagas, e o Chocólatras, na Dinarte Ribeiro, para escrever em paz ao som de pão de queijo com expresso carioquinha.
PENSAMENTO DO DIAS