Diabruras viróticas

2 jun • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Diabruras viróticas

Que o vírus que ora nos assola é um minidiabo sabemos todos, o que não tínhamos ideia é de como ele vira a cabeça das pessoas. Cerca de 80% dos e-mails são artigos de como sair da crise, como encarar o futuro pós-pandemia, dicas de prevenção, artigos de especialistas de tudo que você pode imaginar. E, é claro, toneladas de releases sobre doações.

MULAS SEM CABEÇA MAS COM NARIZ

Já nem falo no Face, porque parece ter sido inventado para abrigar crentes da seita Eu Acredito Até em Mula Sem Cabeça Botando Fogo Pelas Ventas, mesmo que as ventas façam parte da cabeça desaparecida. Caso sério, seu. Estamos em plena Era da Informação Falsa. E não há nem haverá solução. A burrice é permanente.

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A MÁQUINA DO TEMPO

E o Capitão andando pra lá e pra cá agora de a cavalo, como se diz na Fronteira. E li no jornal como se dele a culpa fosse que estatais patrocinaram gente do mal do tipo que quer fechar tudo. Fui ler toda a matéria e lá estava – entre o tornozelo e o dedão do pé – que o patrocínio começou em 2017 e foi até julho de 2019. O Capitão tem culpa em um bocado de coisas, mas não de retroagir sua eleição.

ESTRANHOS TEMPOS…

…são estes em que o jornalismo coloca a informação que situa o tempo e o espaço no pé da matéria. Seu Einstein, essa você não teorizou. E não ponha a culpa na física quântica.

SAI DESSA

O Rio Grande do Sul é feito de cidadãos obedientes à quarentena, por isso temos relativamente poucos casos e mortes. Já o resto do Brasil é um hospital só. Então leio uma que me caiu os butiás do bolso. O pico da pandemia, portanto o momento que antecede a queda dos casos, pode se dar antes que no Rio Grande do Sul.

A TCHURMA

Sim, sei, o covid circulou mais daqui para cima. Portanto, gerou ou vai gerar menos contágios. Vírus bonzinho é aquele que se enturma mais cedo, os coleguinhas gaúchos estão sendo represados. É, mas eu infeccionei, matei mais gente, dirá o covid brasileirão. Saberemos da conta quando o nosso pico chegar.

 CADÊ A GASOLINA?

Quando o general Mourão reuniu seus tanques e marchou com eles para o Rio de Janeiro, chancelou os idos de 64. Foram tempos em que o famoso popular se borrava de medo de tanque. O próprio general confessou anos mais tarde que os pesados blindados Sherman com motor a gasolina, que bebia um posto inteiro por hora, mal e mal conseguiram estacionar. Só tinham o bafo do combustível.

ADEUS ÀS ILUSÕES

Para quem quer ou teme um golpe de Estado, diga adeus às ilusões. Não tem tanque que chegue, milico não quer golpe e nem tem condições, se quisesse. E ele não quer, repetindo.

Imagem: Freepik

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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