Derrotados por um anão
Levou três bilhões de anos para o planeta Terra se formar. Levamos 300 mil anos para caminhar eretos. Há 600 anos, Gutenberg descobriu a impressão por tipos móveis. Há 73 anos, surgiu o primeiro computador. O celular invadiu nossa vida há 30 anos, o smartphone há 15. Lançamos robôs em Marte, fomos à Lua …vezes, enviamos sondas espaciais que ainda estão viajando e não conseguimos matar uma coisa insignificante chamada vírus.
ESSES ALEMÃES…
Johannes Gensfleisch, conhecido como Johannes Gutenberg, tem tradução saborosa. Gutenberg significa “morro bom” ou, como diríamos hoje, morro do bem. Já Gensfleisch seria carne de ganso (gens=ganso em alemão da época). Então dá no seguinte: João comeu carne de ganso em um morro bom.
AS AVES QUE AQUI GORJEIAM
Gorjeiam como lá. Um dos mais eficientes transmissores de doenças que existem são as aves migratórias. Não lembro de alguém ter chamado atenção para esse fato. Pelo menos não até sexta passada.
BAIXA A BOLA, BAIXA A BOLA…
É nítida a orientação editorial dos grandes jornais para que não alimentem ainda mais o pânico. O coronavírus tende a sair das manchetes e publicam apenas uma chamada na capa. Como ninguém sabe se é essa diabrura toda, estão certos. Quem gosta de pânico é filme de terror.
Tenho lido o The New York Times. O coronavírus não está na manchete nem nas chamadas principais. Está na terceira fila.
ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM
A reforma ministerial e a situação do ministro Ônix Lorenzoni perderam espaço por causa do vírus. Ônix perdeu poder, repetem os colunistas, e eu digo que a Casa Civil perdeu poder. O Capitão não vai deixar seu apoiador de primeira hora e amigo no pincel. Vai cair para cima, certamente, a não ser que ele não queira.
TELEPATIA À BRASILEIRA
Sempre acho graça como a imprensa acha que entende o novelo todo apenas por uma ponta. São especulações que pretendem ser informação. Por isso que devia ficar claro. E é por isso que o colunista especula, ora bolas. Informação seria capa de jornal.
PENSAMENTO DO DIAS
Não acredite em tudo o que os jornais dizem.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
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