Catão, o Censor romano, encerrava seus discursos com esta frase, que Cartago seja destruída. A cidade foi sede do poderoso império cartaginês fundada pelos fenícios e destruída pelos romanos no século II a.C como queria Catão. Parece que temos uma nova Cartago e um novo censor.

É A CABEÇA, IRMÃO, É A CABEÇA

Ao longo dos mais de 50 anos de jornalismo sempre procurei me colocar na cabeça do outro. Então me teletransporto como o doutor Spock para a cabeça de um brasileiro e até estrangeiro que quer entender o governo e seu presidente Jair Bolsonaro. Pode ser até um ET que leia os principais jornais, assista os telejornais e programas de comentaristas.

ALSO SPRACHT ZARATUSTRA

Como o bordão do macaco do Viva o Gordo do Jô Soares, nos anos 1970, não precisa explicar, ele só queria entender. Porque a maioria do que lerá, verá e ouvirá está claramente definido como de ferrenha oposição ao homem. Não há espaço para “mas” nem “porém”. É pau puro 24h horas por dia 365 dias por ano e aumentando. No Brasil, o formador de opinião já nasce feito.

O RETRATO DE DORIAN GRAY

O que o nosso brasileiro, estrangeiro ou ET quer enxergar pós e contras para definir e cristalizar opinião sobre o Capitão. Missão impossível. Dando de barato que lá de Alfa Centauri ele tenha impressão que – em várias ocasiões – o presidente brasileiro tenha metido os pés pelas mãos, não conseguirá ver um retrato completo dele a ponto de dizer “bem, eis o homem”.

MATAI E ESFOLAI

Em um país já famoso pelo 8 ou 80, é difícil ter distanciamento crítico, porque caberia à imprensa deixar o problema em foco. Mas não. Um grita mata, e o outro, esfola.

Por conseguinte, Delenda est Bolsonaro.