De volta ao passado
Confesso que gostaria de ter uma bola de cristal para antecipar o comportamento do eleitorado nas eleições majoritárias de 2018. Sem repetir que vai ser um mar de votos nulos, brancos e abstenções, o que sem dúvida é uma tendência, mas não sei se chegaremos a um nível de ruptura técnica. O que eu gostaria de saber é se haverá renovação em níveis normais, entre 30% a 40%, ou se os antigos parlamentares receberão cartão vermelho em percentual histórico.
Mesmo sem bola de cristal, não acredito que os novos deixem de ter os vícios dos velhos. Parlamentos são assim, e sangue novo acaba ficando velho porque há liturgias que acabam por cooptar os que começam a mil e acabam dançando as mesmas valsinhas de antigamente.
Uma sociedade fraca como a nossa é um convite aos aventureiros e charlatões de plantão. A rigor, tudo neste país é baixo clero. A crendice sempre faz upgrade. O Brasil é dos vivos que são sucedidos pelos maios vivos.