De raquetaço em raquetaço
BRIGA MAL COMPRADA
Certa vez, o João Nadir estudava os rótulos dos vinhos no anexo do Armazém dos Importados, na rua Padre Chagas, quando chegou um carioca vestido a rigor: bronzeado, camisa aberta, colar de ouro e arrotando imponência.
– Olá gente boa, ceix devem extar sabendo que goxto de gaúcho, mas não de caxtelhano argentino…
Lá do cantinho, o João Nadir tomou da palavra e a devolveu em condições.
– Se asi lo dices…
HORRÍVEL
O porto-alegrense usa e abusa da expressão ” horrível”. Frio? Horrível. Calor? Horrível. Covid? Horrível. Pastel da esquina? Horrível. Também existe “horríve”, que, no meu entender, é mais sincero.
EM ORDEM DE MARCHA
O Capitão estava quieto curtindo seu virozinho quado um jornal local pespegou-lhe um editorial furioso desse tamanho. Não entendi a fúria. Ou será para manter o motor aquecido?
A FALTA QUE ELA FAZ
A cobertura de rotina dos problemas da cidade mixou. Com pouca gente na redação e menos ainda nas ruas, não tem jeito. Os que restam é para cobrir a pandemia. E você fica no escurinho sem cinema. Arre tasca!
Talvez seja o momento dos jornais de bairro pegarem esse bastão. Talvez com pool, virtual que seja. “Eu não vejo mais noticiário e não leio mais jornal para não me intimidar” é a frase que mais ouço.
ATO FALHO
Já notaram que textos ou falas na mídia dão pouco ou nenhum destaque para os recuperados e mais para as mortes e novos casos?