De chiripa

26 nov • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em De chiripa

Seja quem for o vencedor da eleição uruguaia, vai ser por chiripa, como diz o gaúcho. De raspão. De qualquer maneira, é notável e um sinal dos tempos que a esquerda uruguaia tenha um oponente à altura. No caso deles, há uma explicação: as lideranças de esquerda do país remontam aos tempos dos tupamaros, grupo guerrilheiro dos anos 1960.

O SONHO ACABOU

Significa que quem os combateu primeiro pelas armas e segundo pela política envelheceu. São os nomes que empolgavam na época, mas que hoje nada têm a dizer para o eleitor jovem, salvo as enfadonhas palavras de ordem de sempre. E nem precisa ser tão jovem assim, inclui os eleitores com mais de 40 anos. O sonho acabou, amor que vive de brisa é bom, mas não dá camisa, como cantava um certo João Rubinato.

ESQUERDA GERIÁTRICA

Dá para dizer que a esquerda latina é geriátrica. Nunca larga o osso, embora preguem que novas lideranças são indispensáveis. Remember Fidel Castro e Raúl. Acontece o mesmo com os brasileiros, especialmente do PT. Até Lula reconheceu que, em São Paulo, há dificuldade de encontrar um nome para disputar a prefeitura.

A DESERTIFICAÇÃO

Mesma coisa no Rio Grande do Sul. O PT tem dificuldade em encontrar um nome para disputar a prefeitura e deve compor com a comunista Manuela D’Ávila na cabeça, coisa inimaginável há 10 anos. Não surgiram novas lideranças e quando surgiram foram ceifadas, caso do ex-prefeito de Canoas, Jairo Jorge, que teve dois projetos salvadores torpedeados pelo próprio partido, a rodovia paralela à BR-166, a ERS 10, e o complexo prisional Guajuviras, indústrias que empregariam egressos do sistema carcerário.

OS VELHINHOS

Quem ficou: Olívio Dutra, Raul Pont, Tarso Genro, Maria do Rosário, nomes já manjados nos anos 1990 e até antes. Para entender e dar novo ânimo (e futuro) o PT deveria fazer autocritica, coisas que a esquerda historicamente nunca conseguiu fazer por estar no DNA desde a Revolução de 1917. O marxismo é a única filosofia política que tem explicação para tudo, mesmo para unha encravada, então as viúvas de 17 são como o Papa: nunca erram.

EU PROTESTO

Eu já assisti a tantas palestras em entidades empresariais e entrega de prêmios a empresários gaúchos que sei mais do que eles sobre seu próprio negócio. Não raro, porque a memória deles está falhando e a minha (ainda) não.

O MERCADO DAS MÃOS

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Euromonitor, no Brasil há mais de 1 milhão de salões de beleza, nos quais os atendimentos de manicure só perdem para os de cabeleireiro. E, mesmo com quantidade expressiva de estabelecimentos, os meses de novembro e dezembro ainda são marcados pela falta de profissionais capacitados a atender toda a demanda das festividades – tornando assim uma ótima oportunidade para quem deseja apostar em um novo emprego ou garantir uma renda extra durante este período.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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