Da Teoria da conspiração…

26 jun • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Da Teoria da conspiração…

As dezenas sorteadas na Mega Sena no sábado passado teve quatro acertadores, apesar dos números fora do comum, certo? Errado. Exatamente POR CAUSA desta sequência -50- 51-56-57-58-59 que houve mais felizardos do que a média. Um pensa que ganharia cravando essas dezenas. Se algum dia o sorteio der 1-2-3-4-5-6 vai ter uma multidão de ganhadores. Não contam com a astúcia de outros apostadores, que pensam a mesma coisa.

…ao jogo da lavadeira

Era previsível que apostadores e “especialistas” em números duvidassem da lisura da extração. A lógica ensina que, se fossem fazer jogada ensaiada, não escolheriam justamente esta sequência de dezenas 50. No jogo do bicho, que tem mais de 100 anos de história, este tipo de aposta é chamado de jogo de lavadeira. Por exemplo, a aposta no 13 ou no dia/mês/ano só pagam metade ou menos do prêmio. São número de “cotados” porque é grande o número de pessoas que joga neles.

Falaram e disseram I

Ao comentar seu mais recente filme “I Love You, Daddy”, o ator John Malkovich, afirmou em entrevista que a busca por politicamente correto nas artes é atraso mental. Antes dele, o escritor angolano Mia Couto, foi ainda mais severo com o tema.

Falaram e disseram II

Também em entrevista concedida durante a Feira do Livro de Porto Alegre, no ano passado, o angolano disse que o politicamente correto está tirando até a naturalidade da fala entre as pessoas. Mesmo homiziado no estado mais meridional do Brasil, aplaudo os dois.

A versões e os fatos

O mineiro José Maria Alkmin (nada a ver com o governador de São Paulo) já disse, nos anos 1970, que, na política assim como na vida, sempre existe o fato e a versão. Estou convicto de que não só o Brasil mas o mundo preferem a versão, e assim acontecem erros históricos medonhos. Permito-me então uma digressão sobre fato e versão usando numa fábula adaptada de Ésopo.

A versão

O corvo roubou dos pastores um pedaço de queijo, e foi instalar-se em uma árvore para comê-lo. Naquele momento, passava uma raposa esfomeada, que pediu um pedaço, mas o corvo fez um sinal negativo com a cabeça.

Foi então que ela começou a dizer que ele tinha todas as qualidades: era sagaz, voava, tinha uma linda plumagem negra. Só tinha um defeito: não sabia cantar como os outros pássaros.

Para provar que ela estava errada, o corvo abriu a boca para cantar, e o queijo caiu no chão. Ela o pegou imediatamente, e saiu dali, dizendo:

– Querido amigo, esse é o preço da vaidade! Quando alguém está lhe elogiando muito, deves sempre ficar desconfiado.

O fato

O corvo roubou de dois pastores um pedaço de queijo que eles tinham roubado de um feirante, e foi instalar-se numa árvore para comê-lo. Naquele momento, passava uma raposa esfomeada que pediu todo o queijo. Estava sem comer porque fugiu do semiaberto abrindo a tornozeleira eletrônica com uma chave micha, esperta como são as raposas. O corvo fez sinal positivo com a cabeça, mas queria saber quanto ela pagaria.

Foi então que a matreira começou a dizer que ele tinha todas as qualidades: era sagaz, voava, tinha uma linda plumagem negra. Só tinha um defeito: não sabia cantar como os outros pássaros. Como era ventríloqua, foi fácil imitar passarinho. Para voar, precisava de uma pista maior.

Para provar que era bom de bico, o corvo crocitou o Hino Nacional de trás para a frente, momento em que o queijo caiu. Só que, esperto por esperto, corvo é muito mais. O queijo caiu, mas estava amarrado no gallo da árvore, para desespero da raposa.

– Querido amiga, esse é o preço da vaidade. Quando alguém elogia a si mesmo, deves sempre ficar desconfiada. Ao assunto: quanto pagas por um pedaço de queijo?

Made in Guaíba

Após o incremento da produção com a ampliação da sua planta fabril, em 2015, a Celulose Riograndense, além de manter posição em mercados tradicionais (países para onde a empresa já exporta há muitos anos), expandiu sua base de clientes para vários outras nações que, juntos, deverão, em 2018, receber em torno de 1,7 milhões de toneladas de celulose. Atualmente, a produção da empresa é embarcada para mais de 22 diferentes países, situados principalmente na Ásia, Oceania, Europa e Continente Americano.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »