Cortejo fúnebre
Acho fantástica essa expressão, especialmente “cortejo”. Cheguei a pegar alguns em Porto Alegre, quando o finado era pessoa de prestígio ou rica. Atrás do carro fúnebre vinha um séquito – outra palavra expressiva – de automóveis pela avenida João Pessoa rumo à Lomba do Cemitério. Quanto mais rica e famosa, mais carros vinham de arrasto. E vice- versa. A moda terminou na década de 1970, mais para o fim.
Já nas cidades do Interior ainda há quem faça cortejo fúnebre. Quanto menor a cidade, mais tem. A diferença que não era só composta de carros, às vezes não tinha nenhum. Neste caso, o falecido era decididamente pobre. À frente, alguém carregando a cruz. A imagem mostra um deles na Montenegro de 1929.
Foto: Acervo Henrique Nogueira