Corrida etílica
Esse menino de 18 anos, Max Verstappen, que venceu a corrida de F1 da Espanha, é prova da precocidade cada vez maior nos esportes. Ao contrário de pilotos de antigamente, os de hoje precisam ter um preparo físico impressionante. Não só para aguentar horas de corrida com concentração absoluta, como também para suportar as forças G violentas. O pescoço sofre barbaridade.
Contrasta com os pilotos de antigamente. Poucas eram novos, boa parte era barriguda, fumava, bebia e tinha vida sedentária. Claro, as velocidades eram menores. O falecido advogado e professor Fernando Jorge Schneider, certa vez, contou-me a história de amigo dele, piloto de carretera nas horas vagas. Carreteras, usados até o final dos anos 1960, eram modelos de rua depenados para perder peso e, geralmente, com um potente motor V8 de outra marca.
Foi num circuito Cavalhada-Viola Nova, em Porto Alegre. O cara estava tão na frente que parou num boteco do bairro, deixou o motor ligado, bebeu uma cerveja, fumou um cigarro e voltou à disputa. E venceu.
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