Conversa na praça

10 nov • A Vida como ela foiNenhum comentário em Conversa na praça

 Até meados dos anos 1970, cocaína era coisa de rico. Aliás, a cocaína foi sintetizada pela Schering no século XIX como anestésico para cirurgia nos olhos. Caiu no nariz do povo a partir dos anos 1950 e, mesmo assim, povo muito rico. A droga mais poderosa por aqui era Pervirtin, que nem mesmo barato dava. Na forma injetável, viciava rápido. Em comprimidos, era usada para permanecer acordado muito tempo, por isso, muito consumida por vestibulandos para varar as noites.

 Misturada com bebida alcoólica, deixava o cabra mais falante que pai de noiva na hora da festa. Certo Carnaval dos meus 20 anos, deram-me um. Tomei com gim tônica. Fiquei conversando a noite inteira sem parar. Quando terminou o baile, fui para a praça Ruy Barbosa de Montenegro conversar com o busto do Getúlio Vargas.

 Ficamos horas de papo.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »