Consumo
ESSENCIAL para dinamizar o consumo, a confiança das famílias refletiu a palidez da atividade econômica dos últimos anos. Ainda que permaneça no campo pessimista, a intenção de consumo das famílias vem crescendo desde meados de 2016 e alcançou o patamar mais alto para janeiro desde 2015.
Esse é o principal resultado revelado pela Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) divulgado nesta sexta-feira, dia 24 de janeiro, pela Fecomércio-RS. Em janeiro deste ano, o ICF marcou 93,2 pontos, registrando alta de 7,7% em relação a janeiro do ano anterior e 1,0% de expansão em relação a dezembro.
OUTRA pesquisa, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que apenas um em cada dez brasileiros terá renda suficiente para quitar as dívidas e contas do início do ano — 11% ao todo. De acordo com o levantamento, pelo menos 26% das pessoas que participaram do estudo precisaram economizar nas festas e presentes do final do ano para conseguir pagar em dia as contas de 2020.
O trabalho mostra ainda que 14% das pessoas vai precisar de trabalhos extras para complementar a renda e não passar o mês de janeiro com a conta no vermelho. Segundo o professor do curso de Economia do Centro Universitário Internacional Uninter, Cleverson Pereira, os dados são reflexo de 2019. ‘‘Foi um ano difícil. Além de fatores como o aumento de contas básicas como água e luz, aumento no número de desemprego e queda na renda, o brasileiro não tem o hábito de planejar’’, diz.