Confesso que matei
Uma baratinha, aquela que vocês acham que é formiguinha e que aparece quando se deixa restos de comida – peguem uma lupa e confiram – passeava na beira do meu computador. Juro que ela me encarou, a criminosa. Ruim como carne, achava que sairia impune. Mas não contava com minha astúcia.
Despejei em cima dela várias gotas de álcool, vá lá, do comum, desses de baixa octanagem. Cronometrei seu triste fim: a filha da mãe levou 27 segundos para parar de se debater. Por via das dúvidas, deixei submersa por mais dois minutos, para ela ver com quem estava lidando.
Meia hora depois olhei para o que parecia um cadáver e, surpresa! Ela estava viva. Ela sobreviveu meia hora no fundo de uma piscina de álcool! Então apelei para a porrada, esmaguei-a com um livro. Depois vi que várias vieram para o velório. Tiveram o mesmo fim.
Só espero que não me venham com os direitos humanos das baratinhas.