Condenação antecipada
Os réus pelo assassinato do menino Bernardo Boldrini já estavam previamente condenados pela opinião pública da região. Portanto, como nela vivem os jurados, se eles já não estavam contaminados pelo menos ouviam os vizinhos e moradores. Não há como negar esse fato. Por isso que casos assim, de enorme impacto emocional nas populações, deveriam ser desaforados, ou seja, o júri ser realizado em outra comarca com jurados da própria.
Como o caso do menino teve repercussão estadual e até além das fronteiras gaúchas, talvez nem assim seria possível isenção ideal. No fundo, tendo a achar que o Tribunal do Júri talvez esteja ultrapassado. Qual seria a alternativa é a questão, talvez fazer uma transição suave. Mas seria de bom alvitre começar a discussão desde agora e não à moda brasileira de empurrar com a barriga.
Governo
Décadas acompanhando a história desse nosso despreparado País me ensinaram que não se pode julgar todo o governo antes de pelo menos 100 dias. Como a complexidade da máquina governamental exige muita sintonia fina, já penso que se pode ampliar para quatro meses. Se nesse período os desacertos superam os acertos, algo vai muito mal.
Claro que essa carência não impede que se registre, se louve ou se lamente, atos emanados do primeiro e segundo time do governo. Por enquanto Jair Bolsonaro está acima da média dos governos que já vi, mas acentuo que, desta vez, a base de comparação é falha.
Alvo colimado
Nunca um governante foi tão duramente criticado pela mídia mesmo antes de assumir. E em parte das vezes incorrem no que os americanos chamam de “indulge in knickpicking”, ou em tradução livre “procurar pulga em elefante”. Ou, pior, procurar chifre em cabeça de cavalo.
Albrecht, no caso Bernardo: procura juntar as fotos de Leandro Boldrini, Marcelo Odebrecht e daquele Nardoni e possivelmente verás um certa semelhança física. Lombrosiano no século.19 já estudava os tipos… um abraço
Lombroso