Como uma onda no mar

22 jun • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Como uma onda no mar

Finalmente alguém botou os pingos no iis. Anthony Fauci, diretor do Centro Nacional de Doenças Infecciosas, disse que ainda estamos na primeira onda da pandemia. Em Pindorama, abundam opiniões de que estamos na segunda. Êta Brasil velho de guerra. Sempre estamos atrasados ou adiantados.

PARADOXO DA PONTUALIDADE

O único lugar do mundo onde sempre se está no horário e ou atrasado ao mesmo tempo é a Rodoviária de Porto Alegre. Os ônibus saem pontualmente cinco minutos depois do horário  oficial.

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Como 9 a cada 10 assuntos envolvem o Covid-19,  já estou de saco cheio de escrever sinônimos ou equivalente ao Seu Bosta. Ou é coronavírus, ou é esse que tem sobrenome em números, ou é novo coronavírus, ou escrevo pandemia. Então fiz o meu manual de redação: se o tempo é curto é vírus simplesmente; quando tenho tempo e bom humor, digito “o vírus o diabo que o carregue”.

AGUENTA CORAÇÃO

Quando o amável leitor estiver lendo estas mal-traçadas linhas, é possível que o prefeito Nelson Marchezan Júnior já tenha sacado da sua paleta a cor vermelha para repintar Porto Alegre. Boa parte da população não aguenta mais. Salvo a turma da geladeira cheia, e mesmo assim, só parte dela.

NADA FÁCIL

Lembrei de um causo dos meus tempos de reportagem policial. Um delegado de Polícia que sempre se comunicava em português impecável, deu uma geral no Centro. Os comerciantes se queixavam das prostitutas abordando transeuntes. Veio a viatura, saíram ágeis policiais e capturaram uma infeliz. E nós, na viatura da ZH, em cima do lance. O delegado pergunta, para constar oficialmente na ficha, se ela levava “vida fácil”, codinome para prostituição.

– Vida fácil, é? Quero ver o senhor  c….. e dar o … no meio da madrugada de zero grau…

É, a vida fácil é muito difícil.

LAMENTO INFORMAR…

…que depois da pandemia não ficaremos contentes. Ficaremos amargos.

CONSULTÓRIO  CHEIO

Psicólogos, psiquiatras analistas ou práticos não-licenciados em pajelanças afins podem colocar mais cadeiras nos seus consultórios ou tendas. O que haverá de relação destrambelhada ou inferno particular não vai ter no gibi.

Sabem qual a mais repetida pergunta ouvida nos consultórios de corpo e cuca? “Qual seu convênio?”

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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