Cinismo na academia
O selo Avis Rara, da Faro Editorial, comprou os direitos de publicação do best-seller que tem gerado um debate sobre o impacto dos ativismos da pós-modernidade: Cynical Theories: How Activist Scholarship Made Everything about Race, Gender, de Helen Pluckrose e James Lindsay.
Os dois estudiosos levantam a discussão sobre o que, afinal de contas, os tais estudos sobre minorias têm realmente feito em favor daqueles a quem defendem, pautados em: ciência, linguagem, apropriação cultural, sexismo, questões de gênero, obesidade, racismo, entre outros.
A linguagem é violência e a ciência é sexista? Você já leu que certas pessoas não deveriam praticar ioga ou cozinhar comida chinesa? Ou ouviu que ser obeso é saudável, que não existe sexo biológico, ou que apenas brancos podem ser racistas? Você fica confuso com essas ideias e se pergunta como elas conseguiram desafiar tão rapidamente a própria lógica da sociedade?
Foi para responder essas perguntas que os autores documentaram a evolução dessas questões e suas origens grosseiras no pós-modernismo francês para seu refinamento dentro de campos acadêmicos e ativistas. Como Pluckrose e Lindsay alertam, a proliferação desenfreada dessas crenças anti-iluministas representam uma ameaça não apenas para a democracia liberal, mas também para a própria modernidade.
O livro será lançado no Brasil no primeiro semestre de 2021.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
