Cegos, surdos e teimosos
Conversar com passarinho que encarnou Hugo Chávez dá nisso. Onde estava a esquerda festiva latina e brasileira quando os sinais do desastre venezuelano eram questão de tempo? Como que a esquerda mais esclarecida não tirou o cavalinho quando Hugo Chávez e seu ungido Maduro (para fazer bobagens) destrambelharam a economia de um dos maiores produtores de petróleo do mundo, mesmo quando o preço do barril era mais em conta?
A esquerda festiva, aquela que tem pôster do Che Guevara no quarto e no papel de parede do computador e tem orgasmo quando alguém diz “Viva la revolución” no seu ouvido, essa nunca soube de nada, nem mesmo os princípios basilares da economia e como as coisas funcionam. Que países com regime comunista ou nome de fantasia que tenha (nunca deixem eles chamarem vocês de comunistas, escreveu Antonio Gramsci) sempre fracassaram econômica e administrativamente, até as foices e martelos sabem.
O homem é o único animal que cai no mesmo buraco duas vezes, repito. Quando não é por falta de conhecimento da história, burrice ou fé cega, ou os três juntos. Agora está aí o triste espetáculo: 70% das crianças venezuelanas são subnutridas.
E Maduro.