Cautela e caldo de galinha…
…não fazem mal a ninguém. Devemos ser cautelosos na avaliação de acontecimentos recentes envolvendo um general que virou fumaça e um presidente que governa com topete. Em princípio, eu tendia a achar que o Irã iria retaliar com tudo o que tem, mas não. Mesmo atacando bases americanas no Iraque, usou de armamento convencional. Por sua vez, Trump pagou para ver, mas não encrespou mais ainda o mar revolto da região. Então fica por isso? Não sabemos, porque existem diversos grupos terroristas prontos para comprar briga alheia.
A ARTE DO NÃO SABER
E não sabemos por um bom motivo: o que realmente sabemos sobre os persas, do seu povo, dos seus organismos políticos e do pensamento da população sobre paz e guerra e do próprio regime dos aiatolás? O que aflora é que existe forte discussão interna – que não é de hoje – com vistas, de um lado, do afrouxamento das rígidas regras impostas pelos religiosos, e de outro que quer endurecer ainda mais. Neste sentido, o regime ganhou força com o míssil de Trump. Nada como uma guerrinha para unir o povo. A questão é: dura esse sentimento ou, como é do DNA deles, a dor manifestada se traduz em ataques terroristas ou não?
CABO DE GUERRA
O governador Eduardo Leite e o CPERS estão nele. Leite não quer pagar os dias parados, e o magistério acha que ele deve fazê-lo. O funcionalismo público (e o privado) sempre pleiteiam o pagamento dos dias parados, anulando o corte do ponto. Como os governantes sempre cederam, grevistas acham que têm direito adquirido.
JURISPRUDÊNCIA GREVISTA
Greve é uma atividade de risco e não tem como ser de outra forma. Quem entrar numa tem que ter isso claro. Resta saber se o governador gaúcho vai vencer esse cabo de guerra ou vai ceder. Se ficar firme, será uma exceção na história grevista gaúcha. E, de imediato, levará a uma consequência: sabendo dessa firmeza, os grevistas pensarão duas vezes em fazer movimentos prolongados.
CORRENTE DO BEM
Não exatamente ao vento, mas às chamadas correntes de jato. Os resíduos dos incêndios florestais australianos são carregados pelas jet streams, que nesta época atuam no sentido oeste-leste em altitudes acima dos 10 mil metros. Chegam a 300 Km/h e como não são turbulentas, na maior parte, servem para os jatos comerciais economizarem combustível com velocidade igual e até maior que o voo de cruzeiro. Então as cinzas pegaram carona e como são mais pesadas que o ar, caem em algum ponto – Rio Grande do Sul entre eles.
Na foto de João Mattos, o pôr do sol em Porto Alegre. Com cinzas.
O comandante Arnaldo Lenz, que lê este blog, pode aduzir outras informações. Fala, liderança aérea!
PENSAMENTO DO DIAS
Há algo no ar além dos aviões de carreira: a fumaça das queimadas da Austrália.