Cartas fechadas
Por sua vez, as cartas abertas substituíram em parte os “a pedidos” e com a proliferação delas foram perdendo o interesse do leitor, salvo aquelas em que os signatários compram um largo espaço nos jornais e determinem a página, ímpar no mínimo – você tem a tendência de ler primeiro as páginas ímpares, daí porque custa mais caro anunciar nelas. Com um ar pomposo vieram depois as cartas da cidade tal, Carta de Porto Alegre, por exemplo. Não é atração extra. O velho e bom “a pedido”, curto, com letras grandes e escrito por quem sabe escrever é o segredo. Ocorre que leigos querem comprimir milhares de toques em um espaço pequeno. Sabem o que é isso: jogar dinheiro fora e pedir encarecidamente para que ninguém leia.