Cai, cai, meu drone

20 nov • Caso do Dia, Notas1 comentário em Cai, cai, meu drone

Existem mais de 70 mil drones cadastrados no Brasil, e crescendo. Isso sem falar nos não-registrados. Só em 2018 houve um incremento de 55% na frota. A Infraero está preocupada com o risco de acidentes. Bidu. Quando você autoriza um avião voar sem piloto, pode ter certeza de que, um dia, vai dar cocô.

Imagem: Freepik

O PERIGO VEM DE RIBA!

Então você, meu amável leitor ou leitora, quando estiver em área aberta olhe bem para cima pelo menos de 15 em 15 segundos, o mesmo tempo em que se deve olhar pelo retrovisor. Um dele pode cair na sua cabeça. Seria uma tragédia dupla. Uma coisa é morrer em acidente de avião, outra é um avião sem cabeça levá-lo para seja-lá-o-que-for na outra vida.

DESMORALIZAÇÃO POST MORTEM

Mas tem pior. O que seus netos vão achar se souberem que você for atropelado e morto por uma bike? Ou por um patinete? No mínimo, dirão que você bancou o boca-aberta, porque no tempo futuro pedestre não poderá mais sair de casa. Ruas e calçadas serão dominadas por bikes, patinetes e movimentos sociais.

É A CABEÇA, MEU IRMÃO, É A CABEÇA

Leio que querem a cabeça do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, por ele ter dito que foi uma “infâmia” a deposição de D. Pedro II para dar em uma República. Acho meio salgado chamar a República brasileira de infame, mas deu no que deu. Aos fatos, cidadãos: D. Pedro II deixou o Brasil com a terceira maior malha ferroviária do mundo, e a primeira ferrovia eletrificada foi no seu tempo, no Rio de Janeiro.

MARIA SÓ FUMAÇA

Hoje, parecemos ser um país com trilhos que mal podem operar um vagonete desses de mina. Trem de passageiros? Vá sonhando, foi-se o tempo. No Rio Grande do Sul, só temos uma Maria Fumaça turística. Enfim, com ou sem infâmia, só sabemos piorar o que estava bom. Inclui leis. Como dizia o fundador da Embraer, Ozires Silva, lei boa é lei velha.

MOMENTO PASSARINHO

Ontem eu vi um bem-te-vi cantar tão alto e claro que, por um momento, pensei que ele era falsificado.

O MEU CANUDO…

canudo

A colenda Câmara de Vereadores de Lagoa Vermelha (RS) aprovou diploma legal proibindo a fabricação, comercialização e uso de canudos de plástico – só pode usar o canudo de papel. Os infratores terão que pagar multas que começam com R$ 122,44, pulando para mais de R$ 600 em caso de reincidência.

…MEU CANUDO DE PAPEL

Como no samba de Martinho da Vila. Veja lá o que você vai fazer quando estiver em visita a Lagoa Vermelha. Entra no bar, pede um refri e, de preferência, bebe direto da lata ou no copo de plast…nãããão! Tem que ser de vidro, vivente! Pense bem: é mais saudável correr o risco de germens em borda de lata que perder 122 pilas.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Cai, cai, meu drone

  1. Felipe disse:

    “Mas tem pior. O que seus netos vão achar se souberem que você for atropelado e morto por uma bike? Ou por um patinete? No mínimo, dirão que você bancou o boca-aberta, porque no tempo futuro pedestre não poderá mais sair de casa. Ruas e calçadas serão dominadas por bikes, patinetes e movimentos sociais.”
    Infelizmente, meu caro!
    Entregadores de iFood, Uber Eats, patineteiros e bicicleteiros em geral estão tomando conta do espaço para pedestres (além de ignorarem que o sinal vermelho também serve para eles). Já fui atropelado PELAS COSTAS por uma mulher, na Benjamin Constant, e diariamente preciso estar mais alerta do que mãe-coruja para não virar patê humano em pleno passeio público.
    Pensando seriamente em tentar a sorte entre veículos automotores, já que meu espaço na calçada está comprometido.
    P. S.: alô, EPTC! Olhem com carinho para o trecho entre os números 1.800 e 2.250 da Cristóvão Colombo; virou faroeste sobre duas rodas.

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