Cadê a explosão?
Pelo menos até agora não houve a anunciada explosão de casos de Covid devido às festas e aglomerações de Natal e Ano Novo. O gráfico mostra as hospitalizações em Porto Alegre até segunda-feira passada. Como o tempo do vírus dizer “positivo operante” é em torno de 15 dias, esperei até ontem para escrever esta nota. A não ser que o vírus tenha ampliado o período de incubação com as novas cepas.
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TUDO ABERTO
Vou além disso. Ainda em outubro a Prefeitura ampliou o horário de funcionamento do comércio, de bares e restaurantes, permissão ampliada pelo prefeito eleito Sebastião Melo. Também houve manifestações de alarme dos especialistas, que previam a tal explosão antes da virada do ano. Não aconteceu também.
BRIGA COM A NOTÍCIA
Longe de mim duvidar destes médicos, mas os fatos são estes. Se vai mudar para pior, se as novas cepas vão turbinar o vírus, é coisa que não podemos saber. Talvez a pandemia piore, talvez as vacinas não o contenham, talvez um monte de coisas, mas não dá para brigar com a notícia que, por hora, é esta.
HERESIA OU VERDADE
Estou com a incômoda sensação de que o confinamento e lockdown não são a solução. Sim, no início houve a falta de UTIs e coisa e tal, mas lembro dos especialistas dizerem que o vírus precisa circular para aumentar a autoimunidade ou nome que o valha.
MOSCA NA SOPA
Tão logo surgiram notícias dando conta que estavam sendo criadas vacinas promissores, apareceram novas cepas. Como eu disse, é só uma mosca que caiu na minha sopa. Eu nunca acreditei muito em coincidências, herança dos meus tempos de repórter policial.
CHERCHEZ L’ARGENT
Os velhos mestres da literatura policial francesa e a própria polícia tinham um mantra quando investigava um homicídio, cerchez la femme, procurem a mulher. Sempre havia um rabo de saia envolvido direta ou indiretamente no crime.
Os tempos mudaram, e hoje o que vale e o título desta nota, procurem o dinheiro. Nele está a explicação.