Caça às moscas
Em alguns bairros de Porto Alegre, há presença maciça de moscas, dessas pretas meio graudonas. O moscaredo começou a se intensificar há coisa de sete ou oito anos, pelo menos nos dois lugares que trabalhei ou trabalho, na Band e no Jornal do Comércio. Já perguntei para o pessoal das zoonoses, há alguns anos, a explicação de sempre – focos de lixo. Mas ainda acho que carece de elucidação o fenômeno.
Seja como for, o jeito é matá-las com algum objeto improvisado – jornal embrulhado – ou com aquelas raquetes específicas à venda nos 1,99. Mas tem que ser bom no ofício, porque as malvadas pressentem o raquetaço ou jornalaço. Spray de veneno em ambiente fechado, nem pensar.
A secretária da redação do JC, a Kelly, é a nossa campeã olímpica, com várias execuções no seu currículo. O Osni, que senta ao meu lado, não tem a mesma pontaria. Ele desfere golpes de raquetes a torto e a direito, mas não com a velocidade suficiente. Outro dia, ouvi um zunido diferente quando uma delas sobrevoou meu computador. Tenho certeza de que fazia troça de nós dois.
Mas não me provoquem, moscas, que eu vou de Trump pra riba de vocês. Tenho a neta de todas as bombas no meu arsenal, pronta para usar.