Burocracia na pele
Todos têm um caso envolvendo a malfadada burocracia e o meu melhor é o que segue. Um dermatologista importou da Suíça uma novidade, um scanner para “ler” sinais ou lesões eventualmente malignos na pele que ia muito além do dever. Do tamanho e largura de um bebedor de água, se tanto, uma tela mostra ao médico a imagem ampliada e até informa se é maligno ou benigno. Evidentemente, que o médico faz a sua própria leitura da imagem. Mais ainda, em caso de dúvida permite ao médico conversar com a empresa que fabricou a máquina, na Suíça.
Só que antes disso o meu amigo passou maus bocados. A aduana queria cobrar uma grana preta de taxa de importação, e ele levou um bocado de tempo demonstrando que se tratava de equipamento para salvar pessoas, puxa vida, vocês não conseguem entender isso? As autoridades até concordaram, mas especificamente não constava na lista dos livres ou com taxa de importação reduzida. Depois de muita conversa, conseguiram liberar o produto colocando-o em um item específico.
Foi enquadrado como equipamento audiovisual.