Buraco erótico

1 set • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Buraco erótico

Não, não e esse que vocês estão pensando. O furo é outro. O governo canadense aconselhou os casais a fazer sexo através de um furo na parede, para evitar beijos e transmissão do vírus pela saliva e respiração. Olha, eu já vi muita coisa, mas muita coisa ainda não vi, e essa era uma. Fico imaginando a logística da coisa. As preliminares.

A LOGÍSTICA PAPAI-MAMĀE

– Querido, 0nde vamos fazer o furo?
– Mas já não o temos?
– Não te faz! Não gostaria de furar a parede do nosso quarto.
– Até porque do outro lado não tem espaço.
– Na sala, então?
– Melhor no banheiro.
– O banheiro não, não fico nele, muito frio.
– E no estar social?
– Dá para a sacada. Imaginou a vizinhança vendo tudo?
– Quem sabe pedimos para o pedreiro escolher o melhor lugar?
– Ahá, te peguei! Queres měnage a trois, sua pervertida!
– Não, ele ficaria só olhando.

NA PLANTA

Nunca na história da engenharia alguém pensou em criar apartamentos ou casas com furo sexual. Fosse no Brasil, alguma construtora lançaria um prédio com buraco nos apartamentos. O comprador escolheria o buraco ainda na planta. Haveria a opção sem buraco, para idosos.

SEMANA SIM, OUTRA TAMBÉM

Mais uma semana de menos faturamento. Os sobreviventes do comércio de Porto Alegre esperam não quebrar até a próxima.

EFEITO JAPÃO

Trabalhar em casa dá insônia. Como pode sestear ou dormitar durante o dia, a noite é longa. Então descobri que a língua japonesa é um sonífero. Como não entendo nada, a sucessão de falas não liga o cérebro, então se dorme. Boa, não é? Não.

EFEITO BRASIL

Liguei o canal japonês NHK e fiquei olhando um locutor discorrendo longamente sobre algum assunto que não captei. Perfeito. Minhas pálpebras já estavam descendo como persianas, um sono gostoso pedia licença para entrar, quando veio o desastre. De repente, entendi uma palavra que cortou meu barato.

– Brasil…

Estou procurando um canal em que só se fale aramaico antigo, de antes do descobrimento do Brasil.

LEVES TRAÇOS…

…de diminuição de pedido para publicar lives. Não quer dizer que eles (ou elas) tenham diminuído. Já fiz meus cálculos. Levando em conta a duração média do falatório, precisaria de um dia de 36 horas para participar de um terço das lives que me convidam.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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