Brasil, capital Santiago

5 nov • Caso do Dia, Notas1 comentário em Brasil, capital Santiago

Celulares e computadores tiveram o horário em uma hora no sábado para domingo, como se o horário de verão ainda existisse. Para acertar a hora não era assim tão fácil. Nos smartphones, é melhor ir para configurações e marcar o fuso de Santiago do Chile. Funciona.

COMPRA POR VITRINE

O desafio dos shoppings hoje é o mesmo das lojas do comércio de rua: como fazer para atrair o consumidor se ele tem os sites de compra disponíveis. A gerente geral do Iguatemi, Nailê Santos, diz que a compra “por vitrine” como eu chamo já não atrai tanto os jovens. Mesmo em coisas como moda, encaram direto sites de comprar sem se deixar seduzir por lojas físicas.

FIDELIZAR E CRIAR

Empreendimentos como o Iguatemi já isolaram alguns pontos fundamentais de sobrevivência com sucesso. Não por acaso ele aumentou eventos temáticos, com festas para a criançada – leia-se futuros consumidores e clientes –e outros em que as estrelas são os pets. Essa estratégia é para fidelizar os donos dos pets.

A GRANDE DIFERENÇA

Nos sites de compra você só compra; nos shoppings, você compra e se diverte. Há uma sutileza aí, o “encher os olhos” de lojas com produtos que não necessariamente se comprará alguma coisa. De qualquer maneira, os jovens de hoje fazem compras pelos sites até casar e ter filhos. Aí os pirralhos vão querer seu parquinho de diversões dos shoppings.

DO CENTRO DA CAPITAL…

Há um fosso abissal entre o Centro de Porto Alegre e bairros com consumidores mais exigentes. Empreendedores de shoppings têm concorrentes logo ao lado, então tem que fazer a diferença. Vamos pegar o expresso, o simples expresso. Já cafeterias no Centro cobram R$ 6 por um expresso acompanhado de um daqueles biscoitinhos “onde estás que não te vejo”.

…AO PRIMEIRO MUNDO

Aí você vai na loja de sorvetes do argentino Freddo no Iguatemi e resolve beber um bom café. Primeiro, o café é realmente bom; segundo, em vez do biscoitinho de carregação e vem uma meia bolota do seu melhor sorvete. Pelos mesmos R$ 6 cobrados no Centro.

CÁ ENTRE NÓS

A Prefeitura deixou o Centro Histórico de Porto Alegre virar um lixo. Apesar do esforço de lojistas e tentativas quase desesperadas de mudar o status quo. É como um deserto inóspito com alguns poucos oásis de vez em quando. O alcaide trabalha lá, mas não sai do escritório para ver. Fosse, veria o que é bom para a tosse. Ou sabe e deixa por isso mesmo, não sei o que é pior.

Entre conjuntos e grandes orquestras reinavam quase absolutos nos anos 1950/1960 Norberto Baldauf e seu Conjunto, Cassino de Santa Cruz, Arpège de Bento Gonçalves, Cassino de Sevilha,  Caravelle, Rento e seu Conjunto, Silvio Mazzuca, Os Velhinhos Transviados,  Titulares do Ritmo, Típica Romero Rodrigues (tangos), Orquestra Salvador Campanella,

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Brasil, capital Santiago

  1. FAUSTO LEÃO disse:

    Albrecht, gosteido último parágrafo, mas faltou a Orquestra do Simonetti ligada a ela o Silvio mazzuca; me lembro dos bailes da reitoria pelo final dos anos 50. Um abraço

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