Boneca cobiçada

23 fev • A Vida como ela foi1 comentário em Boneca cobiçada

 Lançado em 1957, o então chamado bolero caipira com esse nome fez enorme sucesso. Os autores foram a dupla Biá e Bolinha. Que nome maravilhoso. Repitam: Biá e Bolinha, a dupla BeBê. Seria a abreviatura dos dois se, naquele tempo, houvesse marketing como temos hoje. Fato é que bolero se enquadrava mais no estilo dor de cotovelo nos centros urbanos.

 Boneca Cobiçada era perfeito. Era tão ruim que era bom. Como os filmes de Teixeirinha, eram considerados ruins pelos críticos e hoje são considerados cult. Pé na jaca todo mundo mete, em algum ponto da vida, seja no gosto musical ou na comida. Feijão com massa já foi brega, mas graças ao Rogério Mendelski hoje é boia-cult.

 Esse conceito de “é tão ruim que é bom” é ótimo. Tenho algumas preferências musicais que cabem como uma luva nele. Eu e meu filho curtimos muito uma cantora do interior do RS que canta temas mais bregas que pinguim na geladeira ou gostar da Anitta ou da “astra” Pablo Vitar. O marido, metade do tamanho dela, é o tecladista. Ela é só no gogó.

Voltemos à boneca. A última estrofe é um primor de chifre embutido para sempre no frontispício do azarado que levou chapéu de vaca.

 Boneca cobiçada
 Das noites de sereno
 Seu corpo não tem dono
 Seus lábios tem veneno
 Se queres que eu sofra
 É grande o seu engano
 Pois olha nos meus olhos
 Vê que não estou chorando. 

 Confira esta música na voz de Carlos Galhardo no https://www.youtube.com/watch?v=c4bMNzngB5M

 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Boneca cobiçada

  1. Maria disse:

    Quando eu te conheci
    Do amor desiludida
    Fiz tudo e consegui
    Dar vida à tua vida

    Dois meses de aventura
    O nosso amor viveu
    Dois meses com ternura
    Beijei os lábios teus

    Porém eu já sabia
    Que perto estava o fim
    Pois tu não conseguias
    Viver só para mim

    Eu poderei morrer
    Mas os meus versos não
    Minha voz hás de ouvir
    Ferindo o coração

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