Bizarrices sulinas

5 set • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Bizarrices sulinas

Aqui no Sul, temos alguns ossos de frango entalados na garganta que necessitam de cirurgias avançadas. O primeiro é – e não pretendemos ser originais – a enorme teia burocrática que atravanca o progresso. Não é como nos demais estados, aqui parece pior pela teimosia gaúcha. Ressalvo que o governador Eduardo Leite vem se esforçando para modernizar o RS.

PRATO PRINCIPAL

Ontem, no evento Tá na Mesa, o presidente da Assembleia, Luís Lara, apresentou o Cresce RS, que pretende destrancar a tranqueira geral. É uma união entre poderes que passa pelo MP e Judiciário, entre outros. Tudo bem, aplausos gerais, mas me permitam colocar uma mosca na sopa: sem reforma profunda na máquina administrativa, nada ou quase nada se pode fazer.

A COISA

É a mesma coisa quando falamos que o povo tem culpa pelo nosso atraso, só que eu e você também fazemos parte do povo, como já escrevi. Quando bate nas corporações e também nas “corporações” intermediárias, o papo é outro. Para piorar, cá também temos algumas propostas estranhas, uma delas feita pelo bem-intencionado vereador André Carús. Mas de boas intenções o inferno está cheio.

CAIS MAUÁ

Para começar a conversa, a Capital gaúcha quer que o desativado Cais Mauá e seus armazéns sejam revitalizados e reformados a fim de dar lugar a operações gastronômicas e de lazer, com shopping e torres. Para abreviar, essa luta tem nove anos. Uma sucessão de equívocos e investidores desastrados – menos o último – torpedeou a ideia. Os atuais investidores tentam uma solução com o governo.

O RETROCESSO

Então chega o vereador Carús e propõe que o Município assuma o projeto, já que a iniciativa privada não deu conta do recado. Ora, a Prefeitura não tem dinheiro nem para tapar buracos nas ruas. E qual investidor aportaria recursos em um projeto gerido por governo?

E LÁ VEM ELE

Dia 12, vem a Porto Alegre, palestrar na Câmara Brasil Alemanha, o vice presidente Hamilton Mourão. Mourão na parada, lotação esgotada.

PERIGO A ESTIBORDO

Bolsonaro tem dois ministros-chave: Sérgio Moro e Paulo Guedes. Qualquer um dos dois que caia – ou seja caído – afunda o barco. E Moro já mostra rombos no casco causados por torpedos presidenciais. Isso nem sou quem digo, é conversa de bar.

EM COMPENSAÇÃO…

Foto: Clarice Castro/Ministério da Cidadania

Foto: Clarice Castro/Ministério da Cidadania

…há ministérios outros que são muito bem administrados. Caso da Cidadania, de Osmar Terra, que tem o projeto Primeira Infância como menina dos olhos. E desde Temer. Pois ele venceu a edição 2019 de um dos maiores prêmios internacionais do mundo na área da educação: o WISE Awards da Cúpula Mundial de Inovação para a Educação.

O BRASIL QUE FUNCIONA

A versatilidade, leveza e durabilidade das grades de plástico PP (polipropileno) estão conquistando clientes dentro e fora do Brasil. Um dos principais fabricantes destes produtos, a Link Grades, de São Bernardo do Campo (SP), já está com um distribuidor na Califórnia, nos Estados Unidos, por conta da boa aceitação das grades. “As grades de plástico têm uma estética bonita e podem ser coloridos e personalizados com a marca do cliente”, afirma o diretor da Link Grades, César Yoshizumi.

grade plásticoA empresa, que utiliza matéria-prima da Braskem, é uma joint venture entre a Tsong Cherng – indústria brasileira de máquinas injetoras, com mais de 30 anos de experiência em transformação de termoplásticos -, e a CY Holding, gestora de soluções em plástico. Um dos integrantes da holding é a CriaDeck, fabricante de pisos plásticos modulares atuante no mercado de eventos.

Além disso, os produtos têm proteção contra os raios ultra-violeta, o que proporciona grande durabilidade e resistência mecânica, mesmo com uso em áreas externas. A Link Grades iniciou a produção há cinco anos e, de acordo com Yoshizumi, os produtos têm boa aceitação para cercamento e sinalização em shopping centers, escolas e eventos, entre outros ambientes. A produção é feita por lotes de 2.500 unidades e cada lote consome 30 toneladas de plástico PP. Outra vantagem é que as grades plásticas são recicláveis e não geram resíduos no processo de fabricação. No Polo de Triunfo, a própria Braskem também utiliza as grades de plástico.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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