Bebendo estrelas- II

11 nov • ArtigosNenhum comentário em Bebendo estrelas- II

 modelo crédito da foto albrecht (2)O processo de fabricação é demorado e caro, sendo praticamente o mesmo de séculos atrás. Um champanhe comum leva pelo menos dois anos para ficar pronto e, os especiais, até cinco anos. Alguns ficam estocados nos subterrâneos das cidades nos crayères, que são túneis cavados no giz. A casa Moët et Chandon tem 28 quilômetros destes túneis onde estão armazenadas milhões de garrafas esperando a conclusão do processo de fabricação.

 Até 1846, o champanhe era uma bebida de paladar doce, não existindo o seco (brut) ou o meio seco (demi-sec). Foi uma firma inglesa que primeiro encomendou um vinho espumante sem açúcar, durante certo tempo somente consumido na Inglaterra. Hoje, o mundo inteiro (inclusive os franceses) aprecia e consome o champanhe seco, mais vendido que o doce.

 Só no reinado de Luís XV (1710-1774), o champanhe tornou-se uma bebida famosa. Sua amante, Madame Pompadour exaltava a bebida. Dizem que a origem do formato das taças usadas para se tomar o vinho foi inspirada no formato de seus seios. Que seja! Mas, durante a Revolução Francesa, o champagne tornou-se uma bebida maldita por sua associação com a nobreza e o luxo da corte francesa. No Império de Napoleão, o vinho foi reconduzido ao seu lugar de destaque. A primeira marca de luxo do champanhe (Cuvée de Prestige) foi feita por ordem do Czar Alexandre II, quando da ocupação da França pelas tropas russas.

 As primeiras embalagens foram feitas em garrafas de cristal puro. Daí a marca Cristal. O sucesso do vinho atingiu o apogeu na Bèlle Èpoque e a partir daí acabou conquistando todo o mundo.

Flávio Del Mese

Flávio Del Mese nasceu em Caxias, mas tem quase certeza que sua cegonha passou a baixa altura e foi abatida. Isso frequentemente acontece com quem voa por lá, sejam sabiás, tucanos, corujas ou bentevis, mas não tem queixas. Foi bem recebido tanto na infância quanto na juventude, assim como em Porto Alegre, onde chegou uns 15 anos depois, já sem cegonha e a cidade o embala com carinho até hoje. E ele sabe do que fala, pois conhece 80% dos países do globo. Na Europa só não esteve na Albânia, da América só não conhece a Venezuela (prevendo quem sabe, que do jeito que vamos, em breve seremos uma Venezuela). Na Ásia, não passou pela Coréia do Norte e pelo Butão, mas à China foi 6 vezes e também 6 vezes esteve na Índia, sendo que uma delas deu a volta no país de trem, num vagão indiano, onde o até hoje, seu amigo Ashley, tinha uma licença para engatar o seu vagão atrás das composições cujos trilhos tivessem a mesma bitola. Sua incrível trajetória de vida é marcada por uma sucessão de acasos que fizeram do antigo piloto da equipe oficial VEMAG (vencedor de 5 edições de Doze Horas), em um dos fotógrafos mais internacionais do Brasil. Tem um acervo de 100 mil fotos- boa parte delas mostradas nos 49 audiovisuais de países que produziu e mostrou no Studio durante 20 anos e que são a principal vitrine do seu trabalho (inclusive o da volta na Índia de trem). Hoje dedica-se a redação e atualização dos Blogs Viajando por viajar e Puxadinho do Del Mese com postagens sete dias por semana.
Extraído de reportagem:
Ademar Vargas de Freitas
Clóvis Ott
Juarez Fonseca
Marco Ribeiro

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